Uma sacada bem dada foi a criação dos FIAgros, o Acionista já publicou sobre isso mais de uma vez. E mesmo com a tragédia ambiental causada pelo excesso das chuvas no Rio Grande do Sul, o agro segue uma oportunidade de investimentos com bons retornos. Tem  alguns que pagam dividendos mensalmente. Antes disso, é bom registrar que a colheita foi finalizada no Brasil. O momento é de  comercialização.

Segundo o BTG Pactual,  considerando os volumes exportados referência Secex e dados da Abiove para crush, “teríamos ainda ~40% de soja a ser negociada; com o programa de exportação se reduzindo (como é típico desta época do ano), vemos espaço para enfraquecimento do basis, que segue em campo positivo até agosto (45 USD cents/bu em Paranaguá; 50 USD cents/bu em Santos/Barcarena), virando para negativo daí em diante (-15 a -40 USD cents/bu em fevereiro e março de 2025)”. 

Além disso, a demanda da China, se houver, pode ajudar na formação de preços no Brasil. Na Argentina, com colheita quase finalizada também, os analistas do BTG veem um contingente inferior a 1o milhões de toneladas em grãos para exportação (o restante sendo destinado ao crush). “Com o dólar acima de R$5,30, vemos suporte ainda para preços e frisamos a importância de se aproveitar os preços atuais para fixação de sacas (até para custear a produção 24/25).”

Lá fora, o bom desenvolvimento inicial da safra 24/25 nos EUA pode culminar em grandes volumes ao final do ano, “exigindo boa gestão de risco via proteção de preços; no curto-prazo, clima ainda deverá dar suporte aos preços; no físico, aproveite os rallies para fixar vendas da safra velha e nova”. 

Dois FIAgros para ter no radar

KNCA11

Fundo que investe em renda fixa ligada ao setor agro e com objetivo principal de gerar rendimentos mensais. Ao fim de maio, o Kinea Crédito Agro apresentava alocação, em relação ao seu patrimônio, de 95,2% em ativos alvo, 1,5% em LCI e 7,5% em instrumentos de caixa. 

Os dividendos referentes a maio, cuja distribuição foi no dia 13 de junho passado, foram de R$ 1,05 por cota e representam uma rentabilidade, isenta do imposto de renda para as pessoas físicas, de 1,04% considerando a cota média de ingresso de R$ 101,28, que corresponde a 124% da taxa DI do período (146% do CDI considerando o gross-up do IR à alíquota de 15%).

RZTR11

É um FII híbrido com gestão ativa. É o primeiro FII listado com foco no agronegócio. O Fundo atua no segmento através das modalidades de Sale & Leaseback, Buy to Lease e Land Equity. Parte da sua carteira possui um perfil de retorno prefixado e o objetivo alvo do Fundo é de um retorno acima de CDI +4% a.a. 

  • Gestão com expertise no setor.
  • Diferentes estratégias em seu portfólio.
  • Gestão ativa e a estratégia de Land Equity tem potencial para substancial geração de valor no longo prazo.
  • Perfil prefixado de retorno de parte do portfólio tende a se beneficiar de uma taxa Selic mais baixa.
  •  Preço máximo de entrada: R$105,00.

Quer acompanhar a lista de ações mais sugeridas para investir conforme o consenso do mercado? Veja em recomendações por aqui.