As cifras impressionam: R$ 151 bilhões em dividendos foram pagos por 318 empresas listadas na B3 nos primeiros nove meses de 2024. Dessa forma, o volume representa um salto de 120% em relação ao ano anterior, mas ainda está 19% abaixo do recorde de 2021, quando os desembolsos bateram R$ 187,8 bilhões.
As campeãs de dividendos
Conforme estudos, o setor financeiro desponta como o principal pagador, responsável por R$ 69,2 bilhões — o maior montante dos últimos cinco anos. O crescimento de 28% em relação a 2023 reflete a força do sistema bancário brasileiro e o impacto positivo da Selic elevada na geração de lucros. Para os acionistas, a solidez dos bancos segue como uma fonte de renda previsível e constante.
Já as empresas de utilidade pública surpreenderam ao distribuir R$ 26,5 bilhões, uma alta de 61%. O setor, conhecido pela estabilidade em cenários adversos, reafirma sua posição como uma opção segura para investidores em busca de renda passiva.
Por outro lado, o setor de materiais básicos enfrenta uma retração significativa. O desembolso caiu para R$ 29,4 bilhões, apenas 33% do recorde de 2021. Conforme estudos, a volatilidade das commodities tem limitado a capacidade dessas empresas de remunerar seus acionistas.
Petrobras
A Petrobras, sempre um termômetro para os dividendos nacionais, também registrou queda. A estatal distribuiu R$ 67,7 bilhões, mas o montante é 31% inferior ao de 2023. Dessa forma, refletindo mudanças em sua política de distribuição e desafios enfrentados no setor de petróleo e gás.
E o que isso significa para os investidores?
Empresas com políticas robustas de dividendos tendem a atrair investidores que buscam estabilidade e geração de renda passiva. Setores como financeiro e utilidade pública surgem como os favoritos em um cenário de incertezas econômicas.
Para aproveitar essas oportunidades, o segredo está em diversificar.
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