Na última semana presenciamos o arrefecimento da curva de juros, dólar, bem como a melhora no sentimento sobre a Bolsa de Valores. Essa dinâmica pode abrir oportunidades interessantes para investidores atentos às mudanças econômicas.
Assim, olhando para a renda fixa, o diferencial entre os vencimentos de janeiro de 2026 e 2034 reduziu. No Tesouro Direto, os rendimentos dos títulos NTN-B, indexados à inflação, se consolidaram próximos a 6,30% ao ano, refletindo uma redução nas taxas de juros reais.
No mercado de crédito privado, os spreads das debêntures indexadas ao CDI diminuíram. Por outro lado, as debêntures isentas registraram aumento nos spreads (nota-se também pelos ajustes de preços dos FI-Infras).
O que poderia impactar a curva de juros?
Nos Estados Unidos, a inflação ao consumidor e ao produtor, a serem divulgadas nesta semana, serão cruciais para orientar as expectativas de mercado. Conforme o presidente do Federal Reserve destacou, a necessidade de mais dados para confirmar uma tendência de queda na inflação, prevendo que a meta de 2% pode ser atingida até 2025 ou 2026.
No Brasil, a divulgação do IPCA de junho e das pesquisas mensais do comércio e serviços fornecerão uma visão mais clara da economia. Dessa forma, a redução marginal na percepção de risco devido ao compromisso do governo com o arcabouço fiscal pode gerar um ambiente mais favorável para investimentos em renda fixa.
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Dessa forma, invista em setores resilientes. Com o mercado de trabalho dos EUA ainda robusto, setores como tecnologia e saúde podem continuar como boas alternativas de investimento. Considere também os Títulos Públicos Brasileiros. Afinal, dada a projeção de manutenção da taxa Selic e as revisões nas expectativas de inflação, investir em títulos públicos indexados ao IPCA pode proporcionar rendimentos atrativos e proteção contra a inflação.
Os próximos dados econômicos serão cruciais para confirmar essas tendências e orientar as decisões dos investidores nos próximos meses.
Boletim Focus (08.07.24): Mais uma semana com projeção de IPCA subindo
Revisões dos dados e projeções do Boletim Focos. Divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central do Brasil contendo resumo das expectativas de mercado a respeito de alguns indicadores da economia brasileira.
IPCA/24: | ALTA de 4,00% para 4,02% |
IPCA/25: | ALTA de 3,87% para 3,88% |
PIB/24: | ALTA de 2,09% para 2,10% |
PIB/25: | QUEDA de 1,98% para 1,97% |
CÂMBIO/24: | continua em R$ 5,20 |
CÂMBIO/25: | ALTA de R$5,19 para R$5,20 |
SELIC/24: | continua em 10,50% |
SELIC/25: | continua em 9,50% |
Rendimentos dos títulos do Tesouro Direto
Alta volatilidade nos rendimentos dos títulos públicos impacta a rentabilidade anual, bem como o preço unitário (se a taxa sobe, o preço cai e vice-versa).
Em comparação com a semana anterior as alterações com maior destaque são:
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Título | Taxa de 01/08 a 08/07 | Preço de 01/08 a 08/07 |
Prefixado/31 | QUEDA de 12,17% para 12,46% hoje | ALTA de R$ 467,87 para R$ 476,78 |
IPCA+2029 | QUEDA de 6,39% para 6,36% hoje | ALTA de R$ 3.183,52 para 3.195,02 |
IPCA+2045 | QUEDA de 6,41% para 6,22% hoje | ALTA de R$ 1.183,44 para 1.204,75 |
Fonte: Tesouro Direto 08/07/2024
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