O anúncio de revisão dos subsídios para a geração distribuída de energia solar provocou uma corrida pela instalação de painéis fotovoltaicos. Segundo relatório elaborado pelo Ministério da Economia, até o dia 24 de dezembro, já havia 1,95 GW de potência instalada via painéis, dos quais 1,24 GW somente no ano passado – valor três vezes maior que a previsão da Aneel.
O governo rejeita as alegações das empresas de geração distribuída, para quem a revisão da norma poderia paralisar a expansão do setor e afirma que o investimento continua vantajoso para os que instalarem painéis em seus telhados e cita estudo da Empresa de Pesquisa Energética, para quem o mercado deve atingir em 2029 9,72% da matriz energética.
O ministério reconhece que os painéis podem trazer benefício ao sistema elétrico e reduzir o custo das redes, mas cobra cálculos que demonstrem esses benefícios, para que sejam “quantificados e reconhecidos de maneira adequada”.
O relatório deixa claro que o argumento do benefício ambiental e do ativismo do consumidor é usado para justificar uma escolha econômica. Na verdade, segundo o documento, “os consumidores optam por gerar a própria energia buscando redução nos valores da conta de luz”, muitas vezes “artificiais” e bancados por outros usuários ou pelo governo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Anne Warth
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