Nada que não tenha potencial de mudança desperta interesse e gera polêmica, e tão pouco a reação daqueles que possam se sentir ameaçados com as mudanças em curso. A resistência as regulamentações do SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) sobre a divulgação de dados ESG é um forte indício do potencial ESG nos modelos de negócios. Os ataques fazem parte do jogo e fortalecem o ESG dando a oportunidade de defesa dos seus principais fundamentos.

A regulamentação significa que o ESG está atingindo massa crítica e ganhando força, e a resistência significa que o ESG tem forte potencial de mudança nos mercados.  

As agencias de fundos de investimentos alinhadas com as propostas ESG são inflexíveis em defender que as mudanças climáticas e a gestão de capital humano terão cada vez mais impactos nos resultados das organizações. E mais, entendem-as como questões financeiramente materiais – embora não tradicionais, tornando relevante a demanda pela materialidade dos dados ESG nos relatórios das organizações.

É consenso que os mercados crescem quando a necessidade de maior consistência e clareza se tornam evidentes, estimulando os avanços e melhorias necessários. E é exatamente isso que os últimos acontecimentos nos apresenta. E foi com base nos eventos de 2022, que a Sustainable Fitch (ESG Ratings, Data & Analysis) apontou os 5 principais desafios para o ESG em 2023. São eles: 

  • Desafios econômicos e políticos vão testar o poder de permanência do ESG 

A desaceleração econômica, a inflação e a segurança energética estão entre as principais preocupações políticas no momento e alguns estão culpando as considerações ESG por exacerbar os custos e inibir o investimento em alguns setores da economia


  • Haverá maior foco no acompanhamento e implementação do compromisso climático 

Em virtude da intensidade dos fenômenos climáticos e de seus impactos na economia haverá maior atenção e pressão neste tema, aumentando a demanda pela materialidade das ações. Portanto, mais escrutínio das promessas climáticas à medida que a implementação se aproxima. 


  • Riscos físicos crescentes para impulsionar estratégias de mitigação de curto prazo 

Os investidores deverão colocar ênfase maior na credibilidade dos planos de transição energética, especialmente em relação as estratégias com base em tecnologias emergentes. Portanto a inovação será crucial. 


  • Mercados emergentes se beneficiarão do foco na natureza e na equidade climática 

Após anos de promessas, as partes interessadas irão questionar e acompanhar mais de perto os governos e as empresas para ver se realmente implementarão as metas líquidas de emissões. Os ativos naturais, as políticas públicas, a litigância climática e as boas práticas empresariais estarão no centro do debate mundial 


  • 5. Investidores Privados e de Varejo Trarão Novas Prioridades ESG para os Mercados de Capitais 

As empresas precisarão alocar mais recursos, incluindo pessoal e capacitação até o nível do conselho para entregar resultados confiáveis aos seus steakholders. A régua vai subir.


Apesar dos ataques aos produtos ESG que estão sendo cada vez mais desafiados nos EUA (principalmente pelos parlamentares republicanos defendendo que os fatores ESG são em grande parte considerações inadequadas nas decisões financeiras), os gestores de fundos de investimentos continuam convencidos da importância da integração de questões financeiras e dados ESG nas decisões de investimento, e de que uma forte gestão das questões ESG pode mitigar riscos e criar valor sustentável de longo prazo. 

Do lado das empresas será necessário avançar na materialidade dos dados ESG para combater o green washing e dar segurança aos investidores, provando assim que o ESG é um instrumento de evolução na gestão de risco e na estratégia de longo prazo.   

Será num esforço conjunto de empresas, agências reguladoras, e governos que o ESG ganhará impulso para vencer os ataques dos movimentos anti-ESG e confirmar seu potencial de mudança.  

Fontes: 

Sobre BISA:

Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br