Você já se perguntou por que diversos BDRs estão batendo níveis recordes? Conversando com vários investidores, percebo que muitos ficam felizes, mas também um pouco confusos com os altos níveis dos principais índices de ações internacionais. Muitos deles não sabem se é hora de realizar, comprar mais ou ficar parado.

O mercado internacional, principalmente dos EUA, mesmo com a inflação ainda acima dos 3%, que é um valor considerável, repercute expectativas de cortes nas taxas de juros. Cada novo dado que aproxima a chance de redução dos juros é motivo de otimismo para os índices.

Contudo, em vez dos seis ou sete cortes previstos no início do ano, agora discutem se as taxas devem mesmo ser reduzidas. Há até rumores de novos aumentos e isso é o que gera dúvida e muita volatilidade nos mercados, logo aos investidores.

A volatilidade para os BDRs está contratada: estamos em uma bolha?

Além da pauta sobre a política monetária, este ano teremos as eleições presidenciais que já começaram a impactar o mercado. Os republicanos falam sobre a dívida federal crescente e sugerem uma economia em decadência. Por outro lado, os democratas apontam falhas econômicas nos estados governados pelos republicanos.

Diante disso, alguns investidores sentem que estamos em uma bolha, o que traz uma falsa sensação de segurança. Mas será que estamos mesmo em uma bolha? Ou é apenas a consequência de tanto dinheiro no sistema após uma década de taxas de juros baixas, ainda buscando retorno? Ou talvez a economia não esteja tão mal quanto parece?

As evidências sugerem que a última opção é a mais provável. Pode parecer que a economia está em apuros, mas os fatos mostram o contrário. O Nasdaq, famoso pelas ações de tecnologia, está perto do seu máximo, mas a alta foi liderada pelo Dow Jones, que representa indústrias e produção. Em 2023, a produção industrial dos EUA foi a maior da história e 2024 promete superar esse recorde.

O que caracteriza uma bolha?

Uma “bolha” é caracterizada por movimentos ascendentes especulativos. No entanto, este movimento atual tem bases sólidas e fundamentos. Por exemplo, os resultados trimestrais (1T24), segundo John Butters da FactSet’s Earnings Insight, 93% das empresas do S&P 500 relataram que 78% superaram as expectativas de lucro.

Em média, superaram em 7,5%, acima da média de 10 anos. Os lucros cresceram 5,7%, a maior taxa desde o segundo trimestre de 2022. Ou seja, as empresas americanas estão indo muito bem.

Outra justificativa conforme os analistas envolve a mudança na forma de trabalhar. A inteligência artificial está transformando como as empresas operam, aumentando a produtividade e, consequentemente, a lucratividade. Apesar de algumas mudanças serem socialmente perturbadoras, elas trazem maior eficiência empresarial.

Então, o que surpreende não é que os índices de ações estejam em níveis tão elevados, mas por que não estão ainda mais altos. As preocupações com o futuro, destacadas por 54 das 91 empresas que orientaram para o próximo trimestre com expectativas negativas, influenciam o mercado.

Por outro lado, as menções à “inflação” pelos CEOs caíram, tornando essa questão menos preocupante. Em resumo, os preços das ações refletem os lucros e as perspectivas de lucro das empresas, que estão indo bem.

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