A economia industrial brasileira voltou a contrair-se a um ritmo severo em maio, com a pandemia do coronavírus de 2019 (COVID19) pressionando a atividade. Apesar de ter se atenuado em relação aos recordes de taxas observados em abril, as empresas voltaram a indicar contrações graves no volume produção e na quantidade de novos pedidos, levando a atividade de compras a atingir um recorde de contração para a pesquisa. As perdas de empregos continuaram a aumentar a um ritmo significativo.

Ao mesmo tempo, os dados relativos aos preços mostraram outro aumento acentuado nos custos de insumos, devido, em grande parte, a oscilações cambiais desfavoráveis. Apesar de enfrentarem contrações consideráveis na demanda, as empresas optaram por aumentar acentuadamente os seus preços cobrados.

O Índice Gerente de Compras™ (PMI®) IHS Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, cresceu de 36,0 em abril para um nível de 38,3 em maio. Apesar da melhoria, o PMI continuou a indicar uma deterioração sem precedentes na saúde do setor, tendo registrado abaixo da marca de 50,0, indicativa de ausência de mudanças, em três meses consecutivos.

As quedas persistentes no volume de produção e na quantidade de novos pedidos continuaram a pressionar fortemente o PMI em maio. Embora tenham sido mais fracas do que as registradas na pesquisa de abril, as taxas de declínio continuaram a ser significativas em ambos os casos. As empresas continuaram a atribuir as contrações às restrições na atividade econômica que visam limitar o surto da COVID-19. Fatores semelhantes levaram a outra redução substancial no volume de novos pedidos para exportação.

Diante da tendência persistente de deterioração no volume de produção e na quantidade de novos pedidos, as empresas permaneceram firmemente entrincheiradas em maio. A atividade de compra foi reduzida à maior velocidade na história da pesquisa, ao passo que o nível de perdas de empregos continuou a aumentar. Houve relatos de que a última queda severa nos níveis de pessoal refletiu, em parte, as tentativas de controlar os custos.

Os preços de insumos adquiridos continuaram a aumentar a um ritmo considerável. As empresas relataram que os preços dos produtos especificados em dólar voltaram a ficar significativamente mais elevados. As empresas reagiram aumentando acentuadamente os seus preços cobrados, apesar da deterioração da demanda e do aumento da concorrência.

As paralisações e os desafios logísticos relacionados às medidas para conter a COVID-19 continuaram a levar a atrasos consideráveis no lado da oferta em maio. Os prazos médios de entrega deterioraram-se ao segundo grau mais significativo na história da pesquisa. Este fato, aliado a uma intenção de equiparar os níveis de produção e de consumo, levou a uma deterioração nos estoques, tanto de insumos quanto de produtos acabados.

Por fim, o grau de otimismo em relação ao próximo ano melhorou acentuadamente em relação ao recorde de baixa de quarenta e nove meses registrado em maio. As empresas indicaram certo otimismo de que, uma vez que a COVID-19 tenha sido controlada, haveria uma recuperação no volume de produção e na demanda. Contudo, algumas empresas estão preocupadas com uma recessão global prolongada devido à pandemia.

(MR – Agência Enfoque)

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