Suzano (SUZB3) – Lucro líquido do 4T19 fica em R$ 1,18 bilhão e no ano, prejuízo de R$ 2,82 bilhões

O 4T19 foi caracterizado pelo forte volume de vendas de celulose e preços baixos. No ano, o volume vendido caiu 6% em relação a 2018. A produção mostrou queda nos dois períodos comparativos. A receita liquida do 4º trimestre o no acumulado do ano, foi prejudicada pela forte queda no preço da celulose. (ver tabela abaixo).

Preço da celulose

O preço médio líquido da celulose caiu de US$ 841/tonelada em 2018 para US$ 593 em 2019. No 4T19 o preço médio ficou em US$ 471/tonelada contra US$ 526 no 3T19 e US$ 743 na média do 4T18. Uma queda significativa com forte peso nos resultados da companhia.

A Companhia encerrou o 4T19 com lucro líquido de R$ 1.175 milhões, contra lucro de R$ 2.987 milhões no 4T18 e prejuízo de R$ 3.460 milhões no 3T19. A variação em relação ao 4T18 é explicada em grande parte pelo menor resultado operacional, majoritariamente pelos impactos de preço da celulose, parcialmente compensados pelo maior volume vendido. Na comparação com o 3T19, a variação se explica pelo resultado financeiro positivo, refletindo principalmente a variação cambial sobre a dívida e instrumentos de hedge, contra um resultado financeiro negativo no trimestre anterior.

O EBITDA Ajustado do 4T19 foi de R$ 2,47 bilhões, com a redução em relação ao 4T18 explicada, principalmente pelo menor preço líquido da celulose em USD (-36%). A redução do EBITDA por tonelada de 49% é também explicada pelo fator preço. A empresa conseguiu alguma compensação na formação do EBITDA em razão do aumento de volume vendidos (+40% na celulose), redução de despesas administrativas e valorização do USD médio frente ao BRL (+8%).

Endividamento

No final do ano, a dívida bruta era de R$ 63,7 bilhões, sendo 90% dos vencimentos no longo prazo e 10% no curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representou 71% da dívida total da Companhia e em moeda nacional era de 29%.

O percentual da dívida bruta em moeda estrangeira, considerando o efeito do hedge de dívida, era de 93%. Em 31/12/19, o custo médio total da dívida em dólar era de 4,8% a.a. (dívida em BRL ajustada pela curva de swap de mercado) e o prazo médio estava em 84 meses.

A Suzano contrata dívida em moeda estrangeira como hedge natural, uma vez que a geração de caixa operacional líquida é denominada em moeda estrangeira.

Investimentos

No 4T19, os investimentos de capital (em regime caixa) totalizaram R$ 1,38 bilhão, 19% inferior ao 4T18 em decorrência, principalmente, a menores gastos com manutenção e modernização. Para 2020, a Administração aprovou um Orçamento de Capital de R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 3,6 milhões destinados à manutenção industrial e florestal.

Geração de caixa operacional

No 4T19 a geração de caixa operacional (EBITDA – Capex manutenção) foi de R$ 1,54 bilhão, sobretudo pelo menor preço da celulose (-36% em dólares).

Sinergias com a Fibria

A Companhia atualizou as projeções de ganhos de sinergias, resultantes da combinação de negócios envolvendo a Fibria Celulose S.A. A Suzano atualmente espera capturar no período de 2019 a 2021 sinergias operacionais estimadas entre R$ 1,10 bilhão e R$ 1,20 bilhão por ano (antes da tributação), em bases recorrentes após 2021, com a redução de custos, despesas e investimentos de capital provenientes das áreas de suprimentos, florestal, industrial, logística, comercial, administrativa e de pessoal, bem como espera alcançar sinergias tributárias que geram dedutibilidade estimada da ordem de R$ 2,0 bilhões por ano. Em 2019, o valor capturado das sinergias operacionais em 2019 totalizou R$ 311 milhões. A empresa acredita que poderia ter chegado a R$ 763 milhões no ano, não fossem as perdas operacionais no período.

Hoje a Suzano realizará o “Suzano Day” com profissionais do mercado para discutir seus números e perspectivas para os próximos períodos.

Ontem a ação encerrou cotada a R$ 40,00 com alta de 3,9%. No ano, a alta é de 0,8% e em 2019 a ação valorizou apenas 5,3%.

A somatória da curva e preço da celulose no mercado internacional, demanda no mercado internacional e comportamento do dólar, determinou o fraco desempenho da empresa e de sua ação no mercado.

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