As tarifas de pedágio nas estradas federais privatizadas estão caindo por conta de atrasos na entrega de obras exigidas por contrato pelas concessionárias.
Nas últimas três semanas a ANTT chegou a determinar reduções no valor cobrado na Rodovia do Aço (RJ) e na Eco 101 (ES) de quase 12%.
No mês passado a Autopista Litoral Sul (trecho que liga Curitiba a Florianópolis) teve reajuste zero.
Em agosto os pedágios da Via Bahia encolheram 10,3%.
Dentre as obras jamais executadas abrange a construção dos contornos rodoviários de Goiânia e de Florianópolis.
A nova subida da serra de Petrópolis (RJ), a ampliação da capacidade da BR-153 no interior de São Paulo, duplicação da BR-163 em MT e MS.
Um parecer do TCU afirma que “mesmo após longos anos de contrato, obras relevantes são reiteradamente proteladas pelo ente privado, colocando em xeque o modelo de concessões como uma alternativa segura para a realização do investimento”.
As concessionárias afirmam que o atraso nas obras se deve as dificuldades com liberação de licenças ambientais.
Atrasos na liberação de empréstimos financeiros pelo BNDES e desequilíbrio econômico das concessões.
Análise Guide Investimentos
Impacto: Negativo.
O efeito de redução das tarifas ou mesmo a não aprovação do reajuste é negativo para o setor.
A maior fiscalização do TCU e da ANTT pode provocar maior rigor na realização de obras e controle das concessões.
Dentre as obras citadas pelo Valor que sofrem queda na receita, 2 são da Ecorodovidas, 2 da Triunfo, 1 da Arteris e o restante de outros consórcios.
Vamos aguardar como será a postura dos órgãos regulares daqui em diante, mas esperamos uma posição mais rígida para o controle das novas concessões.
