Estudo realizado pelos economistas Adriana Dupita, Abhishek Gupta e Tom Orlik examinou a participação feminina como força de trabalho em 36 economias desenvolvidas e emergentes. Dentre as nações analisadas, a Índia foi a que apresentou a menor taxa de participação feminina, com 16,6%. Globalmente, 58,4% das mulheres entre 25 e 64 anos trabalham. Dos homens na mesma faixa etária, 92,1% estão empregados.

Publicação feita nesta semana pela Bloomberg Economics aponta que, se as mulheres recebessem os mesmos níveis de educação que os homens e ocuparem a mesma quantidade de vagas de empregos, haveria um impulso de 20 trilhões de dólares na economia global. Na Índia, por exemplo, reduzir esse gap de gênero poderia acionar mais de 30% do produto interno bruto do país até 2050.

Nos Estados Unidos, onde a força de trabalho delas contribuiu para tirar o país da primeira recessão, economistas apontam que não acontecerá o mesmo dessa vez. Devido à pandemia do coronavírus, muitas mulheres deixaram o mercado de trabalho por terem sido demitidas, enquanto outras tiveram que abandonar os empregos com o fechamento de escolas e creches. De acordo com o US Census Bureau, cerca de 1,4 milhão de mães permaneceram fora do mercado de trabalho em janeiro.

O relatório destacou que as mudanças nas políticas relacionadas à educação das mulheres, cuidados infantis e arranjos de trabalho flexíveis têm o potencial de impulsionar o crescimento econômico global.

“Os países precisam pensar e redesenhar suas economias para garantir que a economia seja capaz de receber a força de trabalho adicional com empregos produtivos”, disse Dupita. “Em muitos países, as barreiras à educação e ao emprego das mulheres estão profundamente arraigadas”.

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