Ele fez esta previsão partindo da desaceleração do IPC-Fipe na terceira quadrissemana de julho, de 0,33% na quadrissemana imediatamente anterior para 0,22%, conforme divulgado na manhã desta segunda.
Em junho o IPCA variou 0,26%, mas o IPCA-15 de julho mostrou alta de 0,30%. Mas de acordo com Moreira, alguns grupos de preços dentro do IPC-Fipe têm mostrando quedas expressivas, como os do Vestuário, por exemplo.
“Com o comércio fechado por causa da pandemia, não tínhamos nem como coletar os preços direito. Agora, com a reabertura, estamos vendo redução dos preços para queima de estoques e isso deve se estender para o IPCA”, disse o coordenador da Fipe.
Ainda de acordo com Moreira, o repasse cambial, com o qual ele trabalhava por meio dos produtos e equipamentos de informática não se concretizou. “Os preços dos equipamentos de informática subiram 1,82% na terceira quadrissemana de julho, mas mais por conta da demanda por estes produtos por conta das pessoas que passaram a trabalhar em home office do que por uma questão de repasse cambial”, disse.
Isso tudo, de acordo com Moreia, indica que não há pressão inflacionária contratada para este ano. Para o Copom, colegiado do BC que define a política monetária do Banco Central, é uma boa notícia.
Além dos artigos de vestuário, pesaram também para a desaceleração do IPC-Fipe leitura da terceira quadrissemana a queda de 2,88% nos preços dos produtos in natura. O clima favorável com pouco frio e calor ameno neste inverno têm sido grandes parceiros para os produtores.
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