Conforme o último trimestre fiscal, a Oracle (ORCL34), gigante do setor de tecnologia, divulgou seus resultados levantando questões sobre o destino de suas ações: devem os investidores comprar, vender ou manter?
Se observarmos o desempenho dos BDRs da empresa, neste ano de 2024 o ativo já apresenta alta de 21,56%. Passando de R$85,14 para os atuais R$103,50. Contudo, no dia 21 o papel chegou a estar cotado próximo de R$110 e vem passando por correções nos preços. Além disso, dia 09 de abril o papel entrará em ex dividendos com pagamento dia 02 de maio no valor de 0,22 por cota (se você deseja participar precisará comprar as cotas até segunda-feira 8 de abril).
Assim, levantando a questão: a queda recente das ações se tornou oportunidade de compra? aproveitar os proventos faz sentido?
Um breve resumo dos resultados de Oracle (ORCL34)
A Oracle Corporation trabalha no ramo de tecnologia e informática, especializada no desenvolvimento e comercialização de hardware e softwares, bem como em banco de dados. Os resultados deste trimestre ficaram aquém das expectativas extremamente otimistas dos investidores, explicando a então queda das ações nos últimos dias. Ou seja, com alguns investidores diminuindo exposição, colocando o lucro no Bolso ou qualquer outro motivo que explique a correção no preço após forte alta.
Contudo, apesar disso, a Oracle (ORCL34) mantém uma visão otimista.
Com um aumento de 7% na receita total em moeda constante, impulsionado pelo crescimento das receitas na nuvem, a empresa permanece resiliente em meio a um mercado desafiador. A gigante registrou lucro líquido de US$ 2,4 bilhões, ou de US$ 0,85 por ação, no terceiro trimestre fiscal encerrado em 29 de fevereiro. Números que ficaram acima dos US$ 1,9 bilhão, ou US$ 0,68 por ação, em igual período no ano anterior. A receita subiu para US$ 13,28 bilhões no terceiro trimestre fiscal, de US$ 12,4 bilhões no ano anterior, em linha com as estimativas dos analistas.
A tendência conforme o consenso
Conforme analistas da Morningstar, no entanto, avalia as ações da Oracle como sobrevalorizadas, destacando a necessidade de cautela por parte dos investidores. Enquanto as margens brutas na nuvem e as melhorias operacionais oferecem suporte, a incerteza paira sobre a capacidade da Oracle de efetuar uma transição suave para a nuvem.
Segundo o CEO Safra Catz, “esperamos continuar recebendo grandes contratos reservando capacidade de infraestrutura em nuvem porque a demanda por nossa infraestrutura de inteligência artificial Gen2 excede substancialmente a oferta”.
A análise da Morningstar atribui à Oracle um caminho difícil, indicando desafios significativos na migração para a nuvem. A incerteza persistente em torno da retenção de clientes e da geração de retornos adiciona mais complexidade à equação para os investidores.
O maior risco para a Oracle reside na mudança para a computação em nuvem. Questões sobre a migração eficaz das cargas de trabalho dos clientes e a possível perda de clientes para concorrentes representam desafios substanciais para a empresa.
Os analistas defensores da Oracle apontam para o potencial de crescimento do banco de dados e parcerias estratégicas, como a colaboração com a TikTok Global. No entanto, os críticos destacam desafios na retenção de clientes e a intensa competição no mercado de nuvem.
Diante desse cenário complexo, o próprio consenso do Clube Acionista sugere uma postura de cautela. Atualmente, das 16 casas que cobrem a empresa 2 sugerem comprar, 8 manter a posição atual (se você possui na carteira continue e se você não tem, fique de fora) e 6 recomendam vender acreditando que existem outras oportunidades melhores.
A análise detalhada e a compreensão dos riscos são essenciais para tomar decisões informadas sobre investimentos.
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