A semana começou com feriado nos EUA, dia de Martin Luther King, o que tirou liquidez financeira do mercado acionário global naquele dia e se iniciou o Fórum Econômico Mundial de Davos, que vai até hoje (sexta-feira), sendo o Brasil representado pelo ministro Paulo Guedes.

Sua função foi vender o Brasil, mesmo após uma série de indicadores de atividades fracos de novembro.

Na terça-feira o mercado financeiro global retornou a sua normalidade com os EUA voltando de feriado.

No entanto ocorreu naquele dia uma forte pressão vendedora generalizada nas bolsas de valores em consequência do surgimento de um surto de coronavírus na China, justamente com a proximidade do início do feriado de ano novo (dura uma semana), quando historicamente se mostra comum as pessoas da região realizarem grandes viagens pelo país. Até a data deste relatório o surto desta doença se propagou para países vizinhos e um caso foi verificado nos EUA. O número de infectados pelo novo vírus atingiu 830 pessoas com 25 óbitos e a China havia isolado nove cidades para tentar conter a doença dentro do país.

Na quinta-feira a OMS não colocou a condição de emergência de saúde pública, já que não aconteceu transmissão do vírus por contato humano fora da China e isto melhorou substancialmente o humor dos investidores.

Ainda na quinta-feira o parlamento do Reino Unido confirmou á saída da União Europeia para o próximo dia 31, sendo que os próximos passos serão a sanção da rainha Elizabeth e aprovação do Parlamento da União Europeia para finalizar o processo, que ainda deverá ter um prazo de transição até o final deste ano ou por até dois anos, decisão que ainda não foi tomada.

Na agenda econômica os destaques da semana ficaram com a reunião do BCE, que não alterou juros e no discurso por Lagarge (presidente do BCE) apontou estabilização da economia na Zona do Euro, mas anunciou que fará uma revisão estratégica da política monetária da região ao longo do ano, que inclui a formulação quantitativa da estabilidade de preços, ferramentas de política monetária, análises econômicas e monetárias dos riscos e a forma de comunicação da instituição.

Aqui no Brasil saiu o IPCA-15 de janeiro em 0,71%, contra 1,05% em dezembro. O resultado veio próximo da mediana das expectativas (0,70%).

Os principais fatores da apuração vieram com desvios em preços de carnes, cuidados pessoais e aumento do custo de alimentação fora do domicílio.

Saiu também na semana os dados do Caged, mostrando um saldo líquido de emprego formal negativo de 307.311 vagas em dezembro/19 e no acumulado do ano de 2019 registrou saldo positivo em 644.079 vagas, o melhor resultado anual desde 2013.

Outro destaque ficou com discurso feito pelo presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, citando a possibilidade de novos estímulos na economia (mercado entendeu que virá outro corte da Selic em fevereiro).

A safra de resultados corporativos seguiu no exterior, com destaque para os números da Netflix, IBM, Johnson & Johnson, Intel, Procter & Gamble, American Airlines, Union Pacific e Antofagasta.

Apesar da grande volatilidade na semana, o Ibovespa e o dólar encerraram a semana estável.

Bolsa de Valores

O nosso mercado acionário foi afetado pela divulgação do surto de coronavírus na China, igualmente como outras bolsas de valores no exterior.

Câmbio

A piora das expectativas para a economia e o anúncio da nova doença na China causou estresse cambial na semana, com o dólar chegado a ser cotado próximo da faixa de R$ 4,18.

Juros

A taxa anual da Selic fechou em 2019 em 4,5%, a mais baixa da história do país e dados fracos da indústria/IPCA mais forte pode abrir espaço para novo corte de 0,25 pontos em fevereiro.

Próxima Semana

Os investidores devem ficar atentos ao noticiário sobre a propagação do novo vírus que surgiu na China, qualquer novidade negativa que surja no radar terá poder para estragar o humor do investidor.

A semana também será pautada por uma agenda econômica pesada, tendo como destaques nos EUA indicadores de preços de residências, inflação, confiança de Michigan e na quarta-feira a decisão da reunião do FOMC e o discurso do presidente do FED, Jerome Powell.

Nesta reunião não se espera mudança na política monetária dos EUA. Na Zona do Euro saem indicadores de confiança, taxa de desemprego e na sexta-feira sai o PIB 4T19. A China estará na semana em feriado do ano novo, mas esta prevista a divulgação de PMI Serviço na quinta-feira.

Por aqui saem relatórios do governo sobre dívida pública, política monetária – operações de crédito, indicadores de inflação e na sexta-feira o PNAD Contínua, com a taxa de desemprego de dezembro/19.

Os resultados corporativos seguem no exterior e aqui se inicia só na próxima semana.

De novo vai ser a China que vai ditar o rumo do mercado financeiro global em função das notícias do coronavírus.

Pesquisa Focus:

A última pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central do Brasil registrou pequenas alterações em relação à divulgada na semana anterior.

O dólar para o final de 2020 foi elevado de R$ 4,04 para R$ 4,05. O IPCA para 2020 foi reduzido de 3,58% para 3,56%. A Selic para 2020 permaneceu em 4,5% e o PIB em 2020 subiu de 2,30% para 2,31%.

Fonte: Relatório Mirae Asset – Boletim Focus (20/02)

Economia & Mercados por Mirae Asset

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