Mais uma quarta-feira de ansiedade por aqui e pelos EUA (mercado, investidores e consumidores). Sobre as expectativas dessa conhecida Super Quarta (divulgação das taxas de juros do BC e do FED), a economista da WIT (Wealth, Investments & Trust) Jadye Lima, avalia que tudo indica e se espera manutenção da taxa Selic em 13,75%.

A atual taxa de juros deve permanecer. A expectativa é da nota que será lançada junto, que pode ter recados para o Ministro da Fazenda, usando os juros altos para indicar que a “guarda continua armada”.

Embora a taxa básica tenha parado de subir em agosto do ano passado, está no nível mais alto desde o início de 2017 e os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e desaceleração da economia.

Banco Central pressionado

O Banco Central pressiona para manter a independência e que o Arcabouço Fiscal mantenha a austeridade. Embora acredite que não é o momento para baixar a taxa Selic, a economista afirma que é preciso diminuir a taxa “para que tenhamos um crescimento sustentável e para isso, é necessário que os juros estejam pelo menos “neutro”, bem abaixo dos níveis atuais”.

A expectativa de queda da taxa é apenas para o segundo semestre do ano. Os seriam a diminuição da atividade em renda fixa, mas o aumento em investimentos de maior risco, como em ativos da bolsa, que se tornam mais vantajosos como uma taxa Selic menor.

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Quanto ao Arcabouço Fiscal, se espera que sirva de âncora e manutenção da austeridade fiscal. A dúvida que ainda paira é sobre as despesas do governo que estão de fora do arcabouço (saúde, educação, meio ambiente, etc). Para Jadye, esses setores não estarem incluídos no novo teto cria “dúvidas na credibilidade” por parte de investidores estrangeiros.

Mas e os EUA?

Diferente daqui, a expectativa é de aumento da taxa de juros, cerca de 0,25% p.p.. De acordo com Jadye, a taxa terminal nos Estados Unidos deve ficar em torno de 5%. Apesar de enfatizar que é difícil fazer essa previsão.

De um modo geral a alta de juros prejudica diversos setores, como Varejo e Imobiliário, já que o juros alto diminui o consumo. Mas também atrapalha as empresas que estão começando, afinal, elas precisam de empréstimos para manter seus negócios.

Falando sobre mudanças na meta da inflação, a economista tem dúvidas: “difícil dizer, precisaria de um estudo mais profundo para avaliar se a meta atual de 3% e as suas respectivas bandas são de fato factíveis”.

Saiba mais – A cada dois meses o Fed (Federal Reserve ) nos EUA e o Banco Central, no Brasil, anunciam a taxa de juros pelo próximo bimestre. Isso impacta diretamente na economia, no poder de compra e quais setores serão beneficiados ou prejudicados. A decisão é feita pelos conselhos das entidades, Fed e Banco Central.

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