Recentemente, o mercado de ações tem observado um grande movimento em torno da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, impulsionada por notícias sobre seus medicamentos Ozempic e Wegovy, que têm revolucionado o tratamento de diabetes e obesidade. A controvérsia em torno dos preços cobrados por esses tratamentos, tanto no Brasil quanto no exterior, rapidamente atraiu a atenção do público investidor.
Preços Altos e Lucratividade Exorbitante
Segundo uma pesquisa divulgada pela Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Journal of the American Medical Association (Jama), os preços dos medicamentos podem ser até 200 vezes superiores ao necessário. O estudo revela que, nos Estados Unidos, a venda de medicamentos baseados em GLP-1, como o Ozempic, é realizada com um markup impressionante de quase 40.000%. Esta disparidade tem levantado debates sobre a ética dos preços praticados, especialmente em países de baixa e média renda, onde essas drogas são praticamente inacessíveis.
Atualmente, o custo do Ozempic no Brasil gira em torno de R$ 1,2 mil, enquanto o Wegovy, voltado para a obesidade, atinge R$ 2,3 mil. A MSF apontou que o medicamento poderia ser disponibilizado com lucro a apenas US$ 0,89 por mês, contrastando com os preços altos aplicados atualmente.
Crescimento Sustentado dos Lucros da Novo Nordisk
Em meio a esse cenário, os lucros líquidos da Novo Nordisk aumentaram 21% no terceiro trimestre, atingindo R$ 27,3 bilhões (US$ 3,93 bilhões). As receitas provenientes de Ozempic e Wegovy já somam quase US$ 50 bilhões até o segundo trimestre de 2024, com estimativas de alcançar US$ 65 bilhões até o final do ano. Segundo dados da Bloomberg, esse montante se equivale quase ao que a companhia gastou em pesquisa e desenvolvimento dessas drogas desde os anos 1990.
A Situação no Brasil
Com a crescente demanda, a Novo Nordisk investiu mais de US$ 30 bilhões desde 2024 para aumentar sua capacidade de produção. Entretanto, o elevado custo dos tratamentos continua a ser uma preocupação, especialmente com iniciativas de regulação de preços em setores farmacêuticos.
Expectativas de Quebra de Patente
A expectativa é que a patente da molécula semaglutida, que protege o Ozempic, expire em março de 2026 no Brasil, potencialmente permitindo a entrada de genéricos e reduzindo os preços. Essa possibilidade está gerando um otimismo cauteloso entre os especialistas, que acreditam que a concorrência poderia democratizar o acesso a tratamentos essenciais.
A questão do alto custo dos medicamentos e a elasticidade da demanda por parte dos consumidores conscientes estão criando um ambiente de incerteza e oportunidade para os investidores. À medida que o debate sobre preços e acessibilidade ganha força, surge a necessidade de diversificar as estratégias de investimento, monitorando constante progressões de novos produtos e suas repercussões financeiras.
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