Após a divulgação do Federal Reserve (FED) nesta tarde de quarta-feira (29) de que a taxa de juros dos EUA seria mantida na faixa  4,25% a 4,50%; o comunicado da decisão trouxe mudanças hawkish na avaliação sobre o mercado de trabalho, ao dizer que a taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo e ao voltar a classificar as condições como sólidas. Além disso, retiraram o trecho que dizia que a inflação fez progresso rumo à meta e continuam classificando a inflação como elevada. Essa análise é da economista do ASA, Andressa Durão.

Durante a coletiva, o presidente da instituição, Jerome Powell, disse que não há necessidade de pressa para cortar os juros, dado o fortalecimento da economia. Ele ressaltou que a política monetária está em uma boa posição e querem que seja restritiva o suficiente para que a inflação continue desacelerando.

“Sobre potenciais impactos das políticas do novo governo, Powell disse que o Fed está aguardando para ver quais mudanças serão implementadas em relação a tarifas, imigração e regulamentação, para então avaliar como elas podem influenciar a dinâmica da inflação, antes de realizar qualquer ajuste na política monetária. As falas de Powell foram totalmente em linha com o esperado e sugerem que o Fed está em compasso de espera. Esperamos que o Fed mantenha a taxa de juros no patamar atual em mais duas reuniões, enquanto a inflação desacelera, e volte a cortar em junho, conforme haja maior clareza quanto a tarifas”, comenta Andressa.

Sem surpresas

No comunicado, o FED não passou muitas informações. “A atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. A taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas”, diz o comunicado do Fomc.

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