Em comunicado divulgado neste sábado, 29, o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, classificou a deposição de Bazoum como “ataque inaceitável à integridade das instituições republicanas do Níger” e que não ficará sem consequências.
“Além da cessação imediata do apoio orçamental, todas as ações de cooperação no domínio da segurança estão suspensas indefinidamente, com efeito imediato”, diz o comunicado.
No documento, Borrel reforçou que a União Europeia não reconhece, e não reconhecerá, as autoridades militares que tomaram o poder. “O presidente Bazoum foi eleito democraticamente; ele é e, portanto, continua sendo o único presidente legítimo do Níger”, afirmou. “Sua libertação deve ser incondicional e sem demora. A UE considera os golpistas responsáveis por sua segurança e de sua família”, acrescentou o chanceler.
O comunicado ainda reforçou que a União Europeia buscará, com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS, na sigla em inglês) o reestabelecimento “pleno e completo” da ordem institucional no país.
“Em coordenação com o presidente do Conselho Europeu, continuarei este fim de semana os numerosos contatos já iniciados para alcançar este resultado. E estamos prontos para apoiar futuras decisões da ECOWAS, incluindo a adoção de sanções”.
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