Próximo ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado ontem, 25 de julho, a Artemisia, organização que fomenta negócios de impacto social, mapeou 373 negócios periféricos das regiões Sul e Sudeste. Os dados coletados mostram que 62,1% dessas empresas são lideradas por mulheres e, entre essas empreendedoras, a maioria é preta e parda: 59,4% e 20,3%, respectivamente. O levantamento foi feito para compreender o perfil dos empreendedores que buscam ajuda em programas de aceleração.

Os dados foram compartilhados em matéria publicada pelo Estadão, que também ressaltou pesquisa feita pela rede de apoio a mulheres negras, Indique Uma Preta, e pela empresa Box 1824, mostrando que no mercado de trabalho formal, quando se fala em cargos de liderança, apenas 8% das mulheres negras chegam a ocupar cargos de gerente, diretora ou sócia de empresas. Estudo do Insper complementa o cenário de necessidade de inclusão racial como alavanca de transformação social no Brasil, mostrando homens brancos têm salários duas vezes maiores do que mulheres negras, mesmo exercendo a mesma função.

O dia 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e, no Brasil, homenagem à Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou rainha, resistindo bravamente à escravidão por duas décadas. Esse ano, a data traz à tona a luta da mulher contra o feminicídio, colocando o olhar em medida que, em nome de políticas públicas, possam deteriorar ainda mais o direito das mulheres negras e por reparações à comunidade negra.

Na semana passada, em razão da data, aconteceu o I Seminário Nacional de Mulheres Pretas e seus saberes periféricos, acadêmicos e artísticos: Quem tem medo de Mulher Preta?, que debateu a situação da mulher negra na política, na saúde, mercado de trabalho, na educação, cultura e religião. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do Youtube e pode ser conferido aqui.

Dados compilados pela ASSUFRGS contextualizam o cenário desta parcela relevante da população brasileira, mostrando dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mulheres negras estão 50% mais suscetíveis ao desemprego do que outros grupos. Segundo o Ipea, enquanto o desemprego entre mulheres negras subiu 80% em relação ao período anterior à crise econômica, entre homens brancos o aumento foi de 4,6 pontos percentuais – entre homens negros, houve crescimento de 7 pontos percentuais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ), 39,8% de mulheres negras compõem o grupo submetido a condições precárias de trabalho – homens negros abrangem 31,6%; mulheres brancas, 26,9%; e homens brancos, 20,6% do total.

Fontes: Agência Patrícia Galvão, ASSUFRGS e Estadão.

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