A relação da mulher e o dinheiro ao longo da história traz à tona grandes desafios. Uns já superados outros, porém, têm muito o que avançar. Para entender melhor esse cenário, vamos voltar algumas décadas no tempo. Até o início dos anos 60 as mulheres só poderiam trabalhar fora de casa, aceitar o recebimento de uma herança ou abrir conta em bancos se tivessem a autorização do marido, conforme Código Civil de 1.916. Felizmente, depois de muitas lutas e conquistas, a Lei 4.121/62 ampliou os direitos femininos.

Essas mudanças são relativamente recentes e a geração de nossas mães e avós vêm de uma submissão à figura masculina em diversos aspectos, mas sobretudo na vida financeira. Foi somente na década de 60 que elas puderam ter CPF próprio e a possibilidade de se bancarizarem, tornando-se responsáveis por seus próprios recursos financeiros.

Os espaços hoje ocupados por mulheres já mostram grandes avanços. As mulheres ocupam postos nos grandes tribunais, em ministérios, na gestão de grandes empresas, pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo. As mulheres são realmente fortes. São mães, chefes de família, empreendedoras. Mas quando o assunto é administrar seus próprios recursos, a grande maioria deixa muito a desejar. Isso acontece com frequência e está diretamente relacionado a Autoestima Financeira.

Por autoestima entende-se: Qualidade de quem se valoriza, está satisfeito com seu modo de ser, com sua forma de pensar, expressando confiança em suas ações e opiniões. Logo, a autoestima financeira é a confiança para lidar com o próprio dinheiro. Mas essa confiança não cresceu na mesma proporção dos avanços das conquistas femininas.

Muitas mulheres ainda consideram complexo gerir seu próprio dinheiro e assim continuam mantendo um elo de dependência em relação aos homens. Mas para virar esse jogo é preciso encarar de frente essa situação, pois mudar é preciso e necessário.

Fotos: Karolina Grabowska – Pexels

Listei aqui seis atitudes para te ajudar a fortalecer a Autoestima Financeira:

1 – Despertar

O primeiro passo é enxergar esse elo de dependência em relação aos homens. Perceber como essa relação vem lá de trás, de uma cultura que não é mais a nossa. E despertar para a necessidade de se tornar protagonista da sua própria história financeira.

2 – Diferenciar

O que é sonho, do que é necessidade do que é desejo momentâneo. O mais importante é estabelecer seus sonhos e objetivos. Onde você quer chegar? O que você quer realizar? E nessa caminhada saber diferenciar de fato o que é importante para você. Entenda as razões e sentimentos que estão por trás de suas atitudes em relação ao dinheiro. Observe se elas refletem, de fato, as suas prioridades.

3 – Modificar

Muitas vezes somos levadas por nossos comportamentos automáticos. Por isso mudá-los é fundamental. Comece cortando gastos desnecessários, analise seu estilo/padrão de vida e perceba onde você pode economizar. Mudando hábitos você encontrará oportunidades para poupar.

4 – Planejar

Gerar, economizar e acumular renda. Tire uma fotografia real de tudo que você ganha e do que gasta. Elabore um orçamento para materializar todas essas informações. Você pode utilizar planilhas, anotar em um caderno ou ainda ter um aplicativo de gestão no celular. Tudo isso para melhorar seu desempenho financeiro.

5 – Guardar

Uma boa gestão financeira não se resume somente a controlar os gastos e poupar. Mas, acima de tudo gerir os seus recursos de forma eficiente, é fazer com que seu dinheiro poupado não pare de crescer. Comece a investir, não importa a quantia, mas sim a frequência. Logo se tornará um bom hábito em sua vida.

5 – Realizar

Faça acontecer, escolha o destino que você quer ter e não pare. Mês a mês corrija o percurso, se for preciso mude a rota. Ao longo do tempo você verá os resultados dessa mudança em sua vida financeira e colherá bons frutos.

Fortaleça a sua autoestima financeira, aprenda cada vez mais e tome as melhores decisões!

Até Breve!

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte