Sou uma mulher de 36 anos, casada e com 2 lindos filhos. Nasci na década de 80 e faço parte da geração Y. Meu pai sempre me disse: “Primeiro case com sua faculdade e só depois pense no resto”. E assim eu fiz. Aos 17 anos ingressei na faculdade de Economia e comecei a trabalhar. Iniciei a minha carreira como estagiária do setor financeiro de uma pequena empresa e pouco tempo depois estava num grande banco privado e fiz carreira por lá.

Como uma boa millenials, sempre fui multitarefas em casa, no trabalho, com os filhos. Tentando equilibrar tudo como uma malabarista em cima da corda bamba. Contudo, os questionamentos (outra característica marcante dessa geração) começaram a chegar. Será que estou no caminho certo? Estou conseguindo realmente dar conta de tudo, ou estou deixando alguma coisa de lado?

Sempre que saía de casa rumo ao trabalho o coração apertava de ficar longe dos meus filhos, mas logo pensava que conseguiria dá uma vida melhor para eles, boas escolas, cursos de inglês, esportes, viagens. Essa sensação de que era capaz de receber uma compensação financeira em troca do meu trabalho me trazia satisfação pessoal. Me lembrava que tinha dinheiro no banco e que tinha um certo controle sobre a minha vida. Na verdade, achava que podia controlar e organizar tudo a minha volta.

Entretanto, o que isso diz sobre a minha relação com o dinheiro? Essa relação tem sido realmente saudável? O dinheiro nos dá uma sensação de segurança, controle e independência, e ele pode estimular a nossa autoestima. Mas também pode ser um grande problema. Se não prestarmos atenção a essa relação, seu poder pode nos engolir e assumir o controle.

Como forma de melhorar essa relação, separei três maneiras de trabalhar para criar um relacionamento mais saudável com o dinheiro:

1 – Abra mão do controle e segure a mão de alguém.

Depender apenas do dinheiro para ter segurança, mas cedo ou mais tarde vai trazer decepções. Então não faça isso. Coloque a sua confiança em si mesma e nos seus entes queridos.

Ano passado decidi mudar de carreira, abrir mão de um emprego que me trazia segurança e um retorno financeiro satisfatório. Precisei abrir mão do controle e segurar bem firme a mão do meu esposo que me apoiou incondicionalmente nessa trajetória.

2 – Pergunte sempre a si mesma por que está abrindo a carteira

Da próxima vez que tiver um impulso de comprar alguma coisa para você, para seus filhos ou para presentear alguém, pergunte a si mesma qual o real motivo. Faça uma análise interna e descubra se está fazendo aquilo para compensar seu filho pela sua ausência, ou se sua melhor amiga tem a bolsa do momento e você quer também.

Depois da minha transição de carreira precisei repensar muito a minha forma de consumo. Mudar alguns hábitos que estavam no automático e já não faziam tanto sentido. Agora estava empreendendo, trabalhando em home office e o tempo com meus filhos aumentou significativamente. Podia leva-los e busca-los na escola. Assisti ao treino de futebol, almoçar com eles. Mas era preciso abrir mão de outras tantas coisas materiais para essa conta fechar. Já que não tinha mais o meu salário no final do mês.

3 – Olhe atentamente ao seu redor para encontrar contentamento, e não para o dinheiro.

Nós mulheres podemos nos treinar para ter a sensação de contentamento. Ela nunca virá se olharmos constantemente para fora, para as coisas que queremos ter e comprar. Ela só virá se aprendermos a enxergar com gratidão tudo que temos e apreciar o que está diante de nós como a vida, a saúde, a família.

“Se acreditarmos que o dinheiro faz parte da vida, mas não é a força motriz que pode nos fazer felizes (embora ele nunca realmente faça) ou nos tornar infelizes, e se tomarmos medidas corajosas, veremos que o verdadeiro contentamento certamente nunca vem com uma etiqueta de preço” – Meg Meeker.

Continuo exercitando o meu contentamento diariamente. Procurando olhar mais para dentro de mim, para as pessoas que me cercam e menos para o que estão me oferecendo num outdoor ou num anuncio do celular.

Até breve!

Juliana Barbosa

Este artigo foi inspirado em trechos do livro “Os 10 hábitos das mães felizes” de Meg Meeker.

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