Em sua 239ª reunião, o Comitê de Política Monetária (COPOM) elevou a taxa de juros em 0,75% para 4,25%, conforme o esperado.

O comunicado reforça a projeção de uma elevação na mesma magnitude na próxima reunião e altera a parte que qualifica o ajuste da SELIC como parcial. No caso, o Comitê agora aponta para a normalização da taxa de juros para o patamar neutro e alerta que uma deterioração das expectativas pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. Dando uma leitura hawkish do comunicado.

O Comitê reafirma ainda seu compromisso com a meta de inflação e que a trajetória da política monetária pode mudar caso seja necessário.

O COPOM altera sua descrição sobre o cenário externo ao reconhecer a recuperação mais robusta em alguns países desenvolvidos devido aos estímulos fiscais e monetários. Contudo, pondera que a incerteza continua elevada e os riscos inflacionários nesses países trazem mais desafios para as economias emergentes.

Sobre a atividade econômica, o Banco Central reconhece que os últimos dados mostram um quadro mais dinâmico e de recuperação mais forte que o esperado, apesar da segunda onda também ser mais intensa do que o projetado. Ressalta ainda a queda significativa dos riscos da recuperação econômica e as revisões para cima nas projeções de crescimento.

As projeções no cenário básico, com trajetória FOCUS para juros e câmbio saindo de USD/BRL 5,05, indicam inflação de 2021 em 5,8% (anterior: 5.1%) e 3,5% em 2022 (anterior: 3.4%). A projeção para preços administrados neste cenário é de 9,7% este ano (anterior: 8,4%) e 5,1% ano que vem (5% anterior).

Nota-se que as expectativas de inflação indicam, com a trajetória de juros extraída do FOCUS (2021: 6,25%; 2022: 6.5%), inflação do ano que vem ficando exatamente na meta, sendo assim uma indicação relevante.

Destaca-se também que o BC segue contemplando pressão inflacionária no curto prazo por conta principalmente de bens industriais. Adiciona-se a isso a lentidão da normalização da oferta, a resiliência da demanda e os impactos do cenário hídrico, mesmo com um alívio do câmbio (apreciação do Real). Os efeitos do avanço da vacinação e a reabertura da economia sobre o preço de serviços foi mencionado estar sob monitoramento pelo Comitê. Altera-se também a parte da inflação subjacente para descrever que essas voltaram a figurar acima do topo do intervalo compatível com a meta.

Em relação aos prêmios de riscos, destaca uma melhora recente nos indicadores da dívida pública. Apesar disso, enfatiza que prolongamentos das políticas fiscais que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem deteriorar o cenário para os prêmios de risco do país.

Para a próxima reunião, esperamos uma nova elevação da taxa SELIC de 0,75%. Mantemos a projeção de que os juros básicos cheguem a 6,5% este ano e permaneçam nesse patamar no ano que vem. Aguardamos agora a ata de terça-feira para maiores informações sobre o debate no COPOM.

Fonte: Modalmais

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