Apesar de ser piloto há 15 anos, Deilson Silva teve de fazer um treinamento semelhante ao de um novato antes de voltar a voar. Demitido em agosto do ano passado, ele ficou onze meses parado e sua licença de piloto venceu nesse período.

A única diferença no treinamento foi que acabou sendo mais curto do que o de um profissional sem experiência em uma companhia aérea. Silva participou de 131 horas de aulas (para um novato, seria o dobro). As sessões em simulador foram reduzidas de 28 para cinco e o número de pousos e decolagens acompanhados de instrutor, de 40 para cinco. Ainda assim, trabalhadores como ele, que começaram as aulas preparatórias no início de julho, voltaram a voar apenas no fim de agosto – quando todo o ciclo foi concluído.

Segundo o diretor de operações da Latam no Brasil, Geraldo Costa de Meneses, o treinamento completo para um piloto iniciante custa cerca de US$ 25 mil para a empresa. No caso dos recontratados, a preparação saiu por menos da metade desse valor, dado que o simulador é a parte mais cara e essa etapa foi reduzida em 82%.

“Não vimos grande dificuldade de readaptação. O índice de necessidade de se repetir uma manobra específica no simulador costuma ser baixo. Mesmo antes da pandemia, quando um profissional se afastava por motivos de saúde, a readaptação era tranquila”, afirma Meneses.

Até mesmo onde não houve demissões durante a pandemia, treinamentos também foram feitos. Na Azul, 1,2 mil – de um total de 2 mil – pilotos passaram por simuladores antes de retornarem de suas licenças não remuneradas. Os 800 que não fizeram as sessões foram dispensados porque ficaram menos de três meses parados.

Normalmente, os pilotos precisam treinar em simuladores a cada seis meses para ter suas licenças renovadas. Durante a pandemia, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prorrogou esse prazo por mais quatro meses.

A Azul, porém, decidiu criar uma sessão extra mesmo para os pilotos que estavam com a licença em dia para que eles retornassem mais confiantes às cabines, de acordo com o gerente de treinamento, Guilherme Holtman. “No ano passado, no meio da pandemia, havia muita incerteza. Isso é perigoso na nossa profissão. Então, decidimos levar o piloto para o simulador não só para ele relembrar manobras, mas para dar confiança também, reduzir as preocupações.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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