A Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 3,8 pontos em abril, para 85,0 pontos, o menor nível desde julho de 2020 (83,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 2,5 pontos.

‘A confiança dos empresários da construção retornou a nível inferior ao observado antes da pandemia. Os dois componentes do indicador reverteram toda melhora registrada a partir de maio de 2020. Houve aumento do pessimismo, mas destaca-se a deterioração da percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios. O cenário setorial vem piorando desde outubro, refletindo a preocupação com a escassez e, principalmente, elevação dos custos. O problema persiste e não dá indicações de trégua, atingindo contratos em andamento e dificultando a precificação dos produtos. O elemento novo em abril foi o aumento expressivo das assinalações no quesito demanda insuficiente como limitador à melhoria dos negócios das empresas, provavelmente decorrente do fechamento dos estandes de vendas em algumas cidades. Ou seja, a combinação preços de insumos mais elevados e agravamento da pandemia trouxe novamente momentos difíceis para as empresas’; avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

O resultado negativo do ICST em abril refletiu a piora da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento atual e a redução das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 3,5 pontos, para 84,3 pontos, a quarta queda consecutiva. A queda do ISA-CST foi influenciada principalmente pela piora do indicador de situação atual dos negócios, que caiu 6,3 pontos, para pontos 84,4 pontos, o menor nível desde agosto de 2020 (81,8 pontos).

O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 4,0 pontos, para 86,0 pontos; o menor patamar desde junho de 2020 (83,2 pontos), acumulando perda de 13,1 pontos nos últimos seis meses. O resultado da piora das expectativas foi influenciada pela menor expectativa dos empresários com relação à demanda. O indicador que mede a demanda prevista caiu 7,6 pontos, para 84,7 pontos, o menor nível desde junho de 2020 (83,1).

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção subiu 5,3 pontos percentuais (p.p.), para 77,1%. A maior contribuição veio do NUCI de Mão de Obra, que avançou 5,6 p.p, para 78,6%. Já o NUCI de Máquinas e Equipamentos aumentou 4,4 p.p, para 70,5%.

Evolução Recente de Atividade e Emprego Previsto

Após superar o nível pré-pandemia, o setor andou de lado, sem conseguir deslanchar. Nos primeiros meses de 2021, há uma clara inflexão da retomada: em abril o indicador de Evolução Recente da Atividade voltou ao patamar próximo ao registrado em agosto do ano passado. Com a deterioração das expectativas, a intenção de empregar também diminuiu: em abril, 16,0% das empresas indicaram que vão reduzir o número de empregados nos próximos meses, enquanto 12,1% apontaram intenção de contratar.

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