A Gol (GOLL4) apresentou dados preliminares de outubro que indicam avanços operacionais, mas a notícia foi ofuscada pela turbulência do mercado sobre o pacote fiscal. Nesta última semana de novembro, os papéis recuam cerca de 11,49%, cotados a R$ 1,31. O desempenho negativo reflete o impacto da alta do dólar, que atingiu R$ 6 nesta semana, agravando o custo da dívida da empresa, amplamente exposta à moeda americana.
Mesmo com esses desafios, a Gol registrou um aumento na margem Ebitda, que chegou a 25%, superando o resultado do terceiro trimestre (24%). A receita unitária (RASK) cresceu 0,5% no mês, alcançando R$ 44,30, beneficiada por uma leve alta na taxa de ocupação dos voos. Esses números demonstram a resiliência operacional da companhia em um cenário de alta pressão cambial.
Conflitos econômicos da Gol (GOLL4)
Embora a Gol se prepare para a alta temporada no Brasil, analistas destacam que os desafios financeiros são expressivos. Em outubro, o prejuízo líquido atingiu R$ 338 milhões, enquanto a dívida líquida subiu 8%, reflexo direto da desvalorização de 6% do real. A liquidez total permaneceu estável, sustentada por um caixa de R$ 1,8 bilhão e crescimento nos recebíveis, mas a recuperação de motores da frota elevou custos.
Conforme o Bradesco BBI, a casa manteve sua recomendação de venda para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 0,90 até o final de 2025. A justificativa inclui uma esperada diluição patrimonial no processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
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