Os números da gigante do aço gaúcha do 1T24, a Gerdau (GGBR4), foram divulgados no início de maio e vieram com dinâmicas muito próximas das antecipadas pela equipe da Genial. Foi um trimestre com desempenho melhor de forma sequencial em todas as unidades de negócio, e a recomendação é de compra.

A receita consolidada foi de R$ 16,3 bilhões, o que representa um crescimento de 10,2% t/t e com um custo na ON Brasil melhor do que o esperado, apesar de ter vindo em alta (+2% t/t).  Já na ON América do Norte, as vendas superaram as expectativas da Genial,  e os custos também vieram marginalmente mais baixos do que o esperado. E o Ebitda ajustado, considerando o cenário desafiador,  foi de R$ 2,8 bilhões, consolidando uma alta de +38% t/t e queda de -35% a/a.

Voltando à brasileira, os analistas da Genial que consideraram os números do 4T23 apáticos, com um mercado muito difícil pelo influxo do aço chinês, agora acreditam que a Gerdau conseguiu mostrar recuperação. “Além disso, verificamos uma estratégia assertiva de restabelecimento de market share impulsionando volume, que cresceu +2,5% t/t e +3,5% a/a, embora levemente abaixo do que esperávamos”. 

Gerdau (GGBR4): Resultados sólidos e positivos para XP e Ágora

Sem delongas, para a XP Investimentos, a Gerdau teve um resultado sólido. A expectativa dos analistas era um lucro 25% menor para o período, de R$ 994 milhões. Eles se surpreenderam com o volume de vendas, que cresceu 8% na comparação trimestral.

“Além disso, a queda de 5% nos custos na divisão da América do Norte contribuiu para uma melhoria da rentabilidade da empresa, medida pela margem Ebitda, que encerrou o trimestre em 24,5%, 2 pontos porcentuais acima da nossa expectativa”, comentam os analistas, que reiteram recomendação de compra.

Também levando em conta como dados positivos do 1T24, o time da Ágora espera que os resultados continuem a ganhar tração, dadas as expectativas de resultados persistentemente sólidos nos EUA; e  novas melhorias na rentabilidade no Brasil. 

“Destacamos que apesar dos resultados trimestrais mais fortes no Brasil, a margem Ebitda permanece próxima dos mínimos históricos e deve continuar a melhorar nos próximos trimestres. Mantemos nossa recomendação de compra e reiteramos as ações como as preferidas no setor”, afirmam.

Além disso, ressaltam que aguardam  que o dinamismo dos lucros da Gerdau melhore nos próximos trimestres, “com potencial para que seu EBITDA em 2024 ultrapasse o nível de R$ 11 bilhões (vemos riscos de alta para os preços domésticos de aços longos)”.

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