Pelo segundo mês consecutivo, o Ibovespa fechou em alta em julho e fundos de ações aproveitando o movimento. O índice da Bolsa Brasileira teve uma valorização de 3,02%, a maior de 2024 até agora. Dessa forma, supera o desempenho de fevereiro e junho, os outros dois meses positivos.
De acordo com a Quantum, apesar de os ruídos fiscais e a queda nos preços das commodities terem ameaçado a performance do índice ao longo das últimas semanas, “o bom humor prevaleceu, fazendo de julho o primeiro mês do ano com saldo positivo para investimento estrangeiro na B3”.
O desempenho das ações em julho
Os dados exclusivos da Quantum sobre o desempenho dos fundos de ações que possuem gestão ativa são mensalmente divulgados pelo Acionista. As informações consideram julho e retroativamente seis, 12, 24 e 36 meses. O relatório mensal é formado por cinco categorias de fundos: Ações e dividendos; Ações Livres; Ações Small Caps; Ações Sustentabilidade/Governança e Ações Valor/Crescimento.
A Quantum ressalta que é importante saber que a indústria de fundos é dinâmica. Vale alertar que os dados são das quantidades de fundos em funcionamento normal, com o histórico dos períodos indicados. Também é preciso ressaltar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, o ideal é analisar no mínimo os últimos 12 meses de cada fundo.
Fundos de Dividendos
O número de fundos disponíveis subiu para 61 em julho. O retorno do último mês foi positivo, em 1,93%, ante junho, que foi de 0,98%; nos últimos 36 meses, o retorno foi de 13,77%. No entanto, o retorno dos últimos dois anos foi alto, ficando em 26,45%.
Nesta modalidade, os dividendos pagos pelas empresas da carteira ficam a cargo do gestor. É ele que determina como vai fazer novos investimentos com o valor. Essa prática pode ser avaliada como uma desvantagem para o investidor.
Fundos de Ações Livres
A modalidade subiu mais uma vez, de 2053 ativos para 2057 em julho. O retorno no mês foi positivo, fechou em 2,43%. Nos últimos 6 meses o retorno foi de 2,52%. Nos últimos dois anos, o investidor teve 31,23% de retorno.
Conhecidos como FIAs (Fundos de Ações), esses fundos são modelos em que os gestores investem o patrimônio do fundo majoritariamente em ações. O principal fator de risco é a variação dos preços de ações, admitidas à negociação em mercados organizados, que compõem sua carteira de ativos.
Fundos Small Caps
Os fundos das Small Caps tiveram um retorno positivo em julho, ficando em 2,28%; Em 12 meses o investidor teve retorno de -8,28%, mas em 24 meses esse retorno ficou positivo em 9,94%. Nos últimos 3 anos o retorno foi de -18,88%.
Neste tipo de fundo, o gestor investe nas empresas de baixa capitalização da Bolsa de Valores, com valor de mercado entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões. Ele busca desse fundo empresas que possuem valor intrínseco, mas que ainda não foram reconhecidas pelo mercado.
Fundos de Sustentabilidade/Governança
Depois de registrar 0,19% de retorno em junho, em julho teve uma alta significativa, ficando em 3,67 %. Em 12 meses, o investidor teve um retorno de -3,77%. Nos últimos três anos, esse retorno ficou negativo em -14,41%.
Esse grupo de fundos precisa apresentar uma política de investimento 100% sustentável, levando o sufixo “IS”. Conforme a Anbima, “podem ser reconhecidos os fundos que integram aspectos ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal.
Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: podem utilizar a frase com o conteúdo “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” nos materiais de venda voltados aos investidores”.
Fundos de Ações Valor/Crescimento
Em junho foram 119 fundos, sendo que em maio foram 121 fundos. O retorno do mês ficou em 0,70% ; nos últimos 6 meses, foi de -8,12%. O retorno para o investidor em três anos ficou em -14,43%.
Segundo a Anbima, neste tipo de fundos, os gestores buscam retorno através de uma estratégia de seleção de empresas entre o “preço justo” estimado (estratégia de valor) e/ou aquelas com a chance de crescer no futuro (estratégia de crescimento).
Julho trouxe retornos positivos para o investidor
Acompanhando a maré boa do Ibovespa em julho, os fundos de ações seguiram a mesma linha. Sem exceções, todos tiveram retorno positivo no mês. O investidor ganhou em todos os fundos. Sendo os fundos de Sustentabilidade o de maior retorno em julho: 3,67%.
Como o Acionista publicou anteriormente, tudo indica que o segundo semestre deve trazer melhores números.
Número de fundos de ações disponíveis
Classificação Anbima (fundos) | Fundos no mês | Fundos nos últimos 6 meses | Fundos nos últimos 12 meses | Fundos nos últimos 24 meses | Fundos nos últimos 36 meses |
Ações Dividendos | 61 | 56 | 53 | 51 | 46 |
Ações Livres | 2.057 | 1.969 | 1.851 | 1.680 | 1.412 |
Ações Small Caps | 55 | 54 | 45 | 44 | 41 |
Ações Sustentabilidade/Governança | 4 | 4 | 4 | 4 | 4 |
Ações Valor/Crescimento | 117 | 114 | 114 | 111 | 101 |
Rentabilidade
Classificação Anbima (fundos) | Retorno no mês | Retorno nos últimos 6 meses | Retorno nos últimos 12 meses | Retorno nos últimos 24 meses | Retorno nos últimos 36 meses |
Ações Small Caps | 2,28% | -3,87% | -8,28% | 9,94% | -18,88% |
Ações Valor/Crescimento | 2,68% | -0,86% | 2,21% | 21,55% | – 9,34% |
Ações Livres | 2,43% | 2,52% | 7,99% | 31,23% | 5,68% |
Ações Sustentabilidade/Governança | 3,67% | -3,69% | -3,77% | 18,91% | -14,41% |
Ações Dividendos | 1,93% | 0,89% | 6,26% | 26,45% | 13,77% |