O ministro reafirmou que foram as companhias aéreas que procuraram o governo para propor o programa. Segundo França, a ideia das empresas é “desmitificar” a percepção pública de que as passagens são caras no País. Após anunciar os planos na segunda-feira, 13, o ministro já havia dito que a Gol e a Azul estavam participando; nesta quinta-feira, França acrescentou que a Latam também sinalizou positivamente sobre o assunto.
França disse que o programa focaria em clientes com renda de até R$ 6,8 mil, para servidores, aposentados e pensionistas, além de estudantes com Fies. O modelo seria baseado numa espécie de “crédito consignado”.
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Nesta quinta-feira, França confirmou o modelo e reafirmou que o programa não incluiria recursos públicos. Questionado, o ministro disse que o papel do governo seria apenas “organizar e divulgar” o programa. Segundo França, bancos privados e companhias aéreas não precisariam, necessariamente, de medidas do governo para oferecer crédito consignado para a vende de passagens aéreas, mas as instituições públicas, como Caixa e Banco do Brasil (BB) poderiam operar no programa.
“A proposta das empresas é trabalhar com clientes que tenham renda mensal fixa”, afirmou França, ao deixar um evento promovido pela Associação Brasileiro dos Armadores de Cabotagem (Abac), no Rio.
O ministro sugeriu ainda a participação das concessionárias de aeroportos. Nesse caso, numa “segunda etapa” do programa, as administradoras dos terminais aéreos poderiam reduzir as taxas de embarque, que compõem o preço final das passagens, para ajudar no barateamento.
“Não tem sentido que as concessionárias dos aeroportos não ajudem”, disse França, lembrando que o aumento do número de voos, com a ampliação da base de clientes das companhias aéreas, significaria um aumento na receita global das concessionárias com as taxas.
Segundo o ministro, uma vez que o programa tenha seu desenho final, em julho, ele será apresentado à Casa Civil e ao governo federal como um todo. Na terça-feira, 14, um dia após os planos sobre o programa virem a público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou publicamente da divulgação de propostas sem o aval do governo. Conforme Lula, medidas propostas pelo governo só poderiam ser anunciadas após passar pela Casa Civil.
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