Até para quem estava indo bem, setembro deu uma sacudida. O Índice de Fundos Imobiliários que segue os principais FIIs da categoria, o IFIX, recuou 2,58% em setembro. Assim, fechou praticamente estável no acumulado do ano (-0,16%), mas positivo se for considerado os últimos 12 meses que acumula +2,69%.
Isso não deixa de ser reflexo de tudo que aconteceu na economia mundial em setembro. E não foi pouca coisa. O mês foi marcado por decisões de política monetária e aumento nos conflitos geopolíticos. Como esperado, nos EUA, o FED optou por cortar juros em decisão foi unânime pela redução de 0,50 p.p., enquanto parte do mercado esperava apenas 0,25 p.p. No Reino Unido, China e Japão, as taxas de juros se mantiveram inalteradas.
Por aqui, o movimento foi de elevação da Taxa Selic em 0,25 p.p., para 10,75% a.a. Decisão unânime do Copom, justificada pelas condições apertadas do mercado de trabalho, crescimento demasiadamente acelerado da economia e piora das perspectivas inflacionárias, levando à sua desancoragem nos anos seguintes. Apesar desse movimento, o comitê não estipulou guidance para as novas reuniões e afirmou que as novas decisões dependerão de novos dados.
FIIs seguem entre as recomendações
Na opinião dos analistas do BB Investimentos, se esses movimentos se concretizarem, ainda que aumente o risco das operações de CRI, “os FIIs de recebíveis devem seguir com o bom patamar de dividendos, enquanto os FIIs de tijolo, historicamente mais dependentes de juros, enfrentarão maior dificuldade de seguir com a expansão de seus negócios e a melhora operacional vista nos últimos meses’”.
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