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FIAgros têm recuperação e desempenho positivo, destaque para RURA11 e CPTR11

Imagens Canva

Os Fundos de Investimentos do Agronegócio, FIAgros, mesmo com o El Niño tendo causado prejuízos no agro, as empresas do setor apresentaram desempenho positivo desde fevereiro e, de maneira geral, superior ao Ibovespa. Neste período, as exportações de soja tiveram forte recuperação na comparação anual, enquanto os embarques de milho reduziram. Segundo levantamento de safra mais recente, a Conab diminuiu pela quarta vez as estimativas de grãos para a safra atual em razão das adversidades climáticas nas regiões produtoras, com corte mais relevante na soja. 

Já em se falando de carne bovina, as exportações brasileiras somaram 179 milhões de toneladas, que representa um crescimento de 42% a/a. Os embarques para a China avançaram 34% a/a, mantendo o país como principal destino no mercado externo, com 54% de participação no volume total embarcado (-2,7 p.p. a/a), conforme relatório do BB Investimentos. Também os embarques de carnes de frango e suína avançaram na comparação anual, puxados pela demanda da China.

Na bolsa, conforme o BB, o destaque positivo foi a BRF, refletindo a entrega de um bom resultado no 4T23, que inclui a melhora operacional da companhia e a reversão de prejuízo após dois anos. No entanto, o Acionista traz para este mês, dois FIAgros que estão muito bem recomendados: RURA11 e CPTR11.

Argentina é responsável pela queda dos preços

 A XP Investimentos fez uma imersão na safra pelo município de Rosário (cidade do Messi), o centro agro da Argentina, para entender a percepção local sobre a safra 23/24. 

“A Argentina foi fundamental para a queda dos preços globais de grãos, notadamente milho, soja e derivados. Apesar disso, ‘pelo menos há algo para negociar’ ouvimos de um broker, antecipando uma boa colheita”, comentam os analistas.

Sem as  interferências macro em preços (guerra comercial EUA-China; COVID-19; reabertura, guerra Rússia-Ucrânia), os grãos chegaram a 23/24 com grande oferta. “Nesse ambiente, os detalhes de oferta e demanda devem ter um papel maior em preços e, para isso, uma compreensão profunda da Argentina é essencial.”

As lavouras na Argentina se concentram em Buenos Aires, Córdoba, Entre Ríos e Santa Fé. No centro, há a cidade de Rosário. As culturas de inverno são cultivadas mais ao sul, onde a soja é plantada como segunda safra. Em Córdoba e no Norte, o milho e a soja têm maior participação na área.

“Em nossa visita, foi interessante notar o crescimento da área de milho. A área de cultivos de verão na Argentina está estável entre 26-27 mi ha. Em termos de volume, o crescimento veio com safras de inverno, produtividade e mudança de área de soja para milho, onde cada hectare de milho produz até 3 vezes a tonelagem.”

Conforme os analistas, essa mudança veio por um misto de menos impostos de exportação no milho, esmagadoras de soja em Recuperação Judicial, sanidade da soja e a adoção de tecnologia de sementes de milho. O que se observou é que mais agricultores estão optando por plantios de inverno, principalmente trigo, seguido de soja. “A redução da área de soja na Argentina se concentrou na soja 1ª safra, enquanto o combo trigo+soja ganhou área.” 

RURA11 na recomendação do Itaú

RURA11 é um fundo de investimento nas cadeias produtivas do agronegócio no Brasil (insumos agrícolas, produtores rurais, agroindústrias) e está nas recomendações do Itaú BBA. Se investe via títulos de crédito privados ligados ao agronegócio (CRAs, LCAs, entre outros). Tem como objetivo o retorno a longo prazo de CDI+3,0% a 3,5%a.a. através de um portfólio diversificado de crédito privado do agronegócio. 

Números 

  • 54 devedores 
  • 20% do PL no Top 5 Devedores 
  • R$25,9 milhões Valor médio por devedor 
  • 18 segmentos/culturas
  • Número de Cotistas: 60.021 
  • Volume médio diário no mês de R$ 2.655 mil/dia 
  • Volume médio diário desde o início de R$1.329 mil/dia 

Fala, Gestor!

O RURA11 encerrou o mês de janeiro de 2024 com 87% do patrimônio alocado em crédito Agro. 

“Seguimos com uma carteira estrutural bastante diversificada entre devedores, garantias, setores de atuação/cultivo e disparidade geográfica. Neste mês, fizemos a alocação em três novas operações na carteira: uma Usina de Açúcar e Etanol, localizada no oeste do estado de São Paulo, com um pacote robusto de garantias (alienação fiduciária de Ações, alienação fiduciária de cana, alienação fiduciária da planta industrial e hipoteca do terreno da Usina); uma misturadora de Fertilizantes, com presença em diversos estados do país, com garantia dos recebíveis e guarantee letter da matriz offshore; e uma empresa que atua na cadeia de insumos agrícolas, produzindo embalagem “big bags” para sementes, fertilizantes, entre outros insumos, com garantia de um contrato take-or-pay comuma multinacional de grande porte do setor.”

Segundo o gestor, duas operações que estavam previstas para liquidação em janeiro, que levariam o fundo para os 95% de alocação prevista, estão com pendências de cumprimento de condições precedentes para desembolso, e assim é mantida a diligência de fazer as alocações no fundo somente quando há o conforto que todas as exigências prévias cumpridas pelos devedores e que o perfil de crédito não teve deteriorações durante o período. 

“Sobre o acompanhamento das operações, gostaríamos de ressaltar que a carteira do fundo segue saudável, com o recebimento dos pagamentos de juros em principal devidos do mês. Uma vez que a gestão tem sido questionada sobre a variação negativa do preço das cotas do RURA no mercado secundário – em linha com os demais fundos da indústria – um ponto que acreditamos que possa estar afetando os FIAgros no mercado secundário é uma preocupação, a nosso ver exacerbada, com as notícias de uma quebra de safra agrícola (especialmente da soja, principal grão plantado na safra de verão).” 

Vale destacar que após intensa análise dos dados disponíveis pelos gestores, viagens“in loco” aos locais teoricamente afetados, discussões com diversos produtores rurais (devedores do RURA11 ou não), a visão é que existe um certo pessimismo exagerado. 

“Uma quebra de safra agrícola deve ocorrer, em maior ou menor grau em regiões como Mato Grosso e MATOPIBA por exemplo, mas não consideramos que seja de magnitude tão material. Assim como no Rio Grande do Sul, onde observamos 2 anos seguidos de quebra de safra relevante e agora estão tento uma produção 50% maior, essa volatilidade faz parte do setor. FIAgros com bons devedores e boas garantias não devem ser afetados,sendo, inclusive, um momento de oportunidade para aqueles com recursos disponíveis e capacidade de análise.”

CPTR11, para quem quer rentabilidade

Fundo de Investimento nas cadeias produtivas agroindustriais constituído sob a forma de condomínio fechado, com prazo indeterminado de duração, negociado na B3. O fundo tem como objetivo proporcionar valorização e rentabilidade de suas cotas, conforme Política de Investimento, por meio da aquisição preponderante de ativos financeiros de origem agroindustrial, por meio da aquisição de Ativos Alvo (Certificado de Recebíveis do Agronegócio – CRA,Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Agro – FIDC e Cotas de outros FIAgros), nos mercados primário e secundário. 

A rentabilidade  é buscada pelo rendimento da taxa básica de juros com duration média similar à da carteira do Fundo, acrescida de sobretaxa (spread) de 2,00% (dois inteiros por cento) a 6,00% (seis inteiros por cento) ao ano, considerando a Distribuição de Resultados.

Segundo o gestor, o “Capitânia Agro Strategies” é constituído sob a forma de condomínio fechado, com prazo indeterminado de duração. 

Proventos:

Os dividendos são distribuídos aos cotistas, preferencialmente de forma mensal, sempre no 13º dia útil do mês subsequente ao mês de apuração do resultado pelo Fundo. Recebem os rendimentos os titulares de cotas do Fundo no fechamento do quinto dia útil anterior à data de distribuição de rendimento de cada mês, de acordo com as contas de depósito mantidas pela instituição escrituradora das cotas.

Em janeiro passado, o fundo teve resultado de R$ 0,103 e distribuiu R$ 0,105 por cota, após a distribuição o fundo ficou com resultado acumulado no patrimônio de R$ 0,036 por cota. O resultado do mês foi positivamente impactado pelo maior número de dias úteis e negativamente impactado pela abertura da curva dos papéis em IPCA e de alguns em CDI, principalmente Agrogalaxy e Solubio.

Desde seu início, o fundo já distribuiu total de R$ 2,678 de dividendos por cota. Nos últimos 12 meses o fundo distribuiu R$ 1,445 por cota, com dividend yield de 16,3%.

No começo de fevereiro foram alteradas as regras para novas emissões de CRIs e CRAs, a regra não impacta os produtos já emitidos que estão na carteira. “Olhando para frente ainda há alguns pontos da norma que podem ser questionados e precisam de melhores esclarecimentos, o importante a mencionar é que o pipeline que estamos trabalhando para liquidações futuras não foi afetado pela regulamentação e em relação à carteira atual praticamente 90% dos papéis são elegíveis a nova regulamentação.”

Você sabe que pode investir no agronegócio via FIAgros? Pois saiba mais sobre essa modalidade no Clube Acionista por aqui.

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Este post está disponível na íntegra no Clube.Acionista

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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