O Ibovespa bateu recordes atrás de recordes em agosto, cresceu 6,54% no mês, registrando a maior alta em 2024 e renovando sua máxima histórica: 137,3 mil pontos no último dia 28.
É o terceiro mês consecutivo de alta do índice, que reflete um cenário de otimismo na bolsa brasileira, impulsionado pela expectativa de corte dos juros Nos EUA. Segundo a Quantum, também contribuíram alguns resultados das empresas brasileiras nos balanços trimestrais e boas sinalizações do governo em relação ao arcabouço fiscal.
O desempenho das ações em agosto
O Acionista divulga o desempenho dos fundos de ações mensalmente em uma parceria exclusiva com a Quantum. As informações consideram agosto e retroativamente seis, 12, 24 e 36 meses. O relatório mensal é formado por cinco categorias de fundos: Ações e dividendos; Ações Livres; Ações Small Caps; Ações Sustentabilidade/Governança e Ações Valor/Crescimento.
A Quantum destaca que é importante saber que a indústria de fundos é dinâmica. Vale alertar que os dados são das quantidades de fundos em funcionamento normal, com o histórico dos períodos indicados. Também é preciso ressaltar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, o ideal é analisar no mínimo os últimos 12 meses de cada fundo.
Fundos de Dividendos
O número de fundos disponíveis caiu para 60 em agosto. O retorno do último mês foi positivo, em 5,65%; nos últimos 36 meses, o retorno foi de 24,59%, bem acima do mês anterior, que ficou abaixo de 15%.
Nesta modalidade, os dividendos pagos pelas empresas da carteira ficam a cargo do gestor. É ele que determina como vai fazer novos investimentos com o valor. Essa prática pode ser avaliada como uma desvantagem para o investidor.
Fundos de Ações Livres
A modalidade se manteve com 2053 ativos em agosto. O retorno no mês foi bem positivo, fechou em 4,75%. Nos últimos 6 meses o retorno foi de 5,64%. Nos últimos dois anos, o investidor teve 26,94% de retorno.
Conhecidos como FIAs (Fundos de Ações), esses fundos são modelos em que os gestores investem o patrimônio do fundo majoritariamente em ações. O principal fator de risco é a variação dos preços de ações, admitidas à negociação em mercados organizados, que compõem sua carteira de ativos.
Fundos Small Caps
Os fundos das Small Caps tiveram um retorno positivo em agosto, ficando em 4,34%. Em 12 meses o investidor teve retorno de -1,15%, mas em 24 meses esse retorno foi positivo em 1,87%. Nos últimos 3 anos o retorno foi ruim, de -12,07%.
Neste tipo de fundo, o gestor investe nas empresas de baixa capitalização da Bolsa de Valores, com valor de mercado entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões. Ele busca desse fundo empresas que possuem valor intrínseco, mas que ainda não foram reconhecidas pelo mercado.
Fundos de Sustentabilidade/Governança
Depois de registrar 3,67% de retorno em julho, em agosto teve retorno de 3,10% . Em 12 meses, o investidor teve um retorno de 1,32%. Nos últimos três anos, esse retorno ficou negativo em -9,95%.
Esse grupo de fundos precisa apresentar uma política de investimento 100% sustentável, levando o sufixo “IS”. Conforme a Anbima, “podem ser reconhecidos os fundos que integram aspectos ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal.
Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: podem utilizar a frase com o conteúdo “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” nos materiais de venda voltados aos investidores”.
Fundos de Ações Valor/Crescimento
Em agosto foram 117 fundos. O retorno do mês ficou em 4,56% ; nos últimos 6 meses, foi de 2,64%. O retorno para o investidor em três anos ficou em -1,22%.
Segundo a Anbima, neste tipo de fundos, os gestores buscam retorno através de uma estratégia de seleção de empresas entre o “preço justo” estimado (estratégia de valor) e/ou aquelas com a chance de crescer no futuro (estratégia de crescimento).
Mais retornos positivos em agosto
Acompanhando a maré boa do Ibovespa pelo terceiro mês consecutivo, os fundos de ações seguiram a mesma linha. Sem exceções, todos tiveram retorno positivo no mês e acima do mês anterior. O investidor ganhou em todos os fundos. Sendo os fundos de Dividendos o de maior retorno em julho: 6,65%.
Como o Acionista publicou anteriormente, tudo indica que o segundo semestre deve trazer melhores números.
Número de fundos disponíveis
Classificação Anbima (fundos) | Fundos no mês | Fundos nos últimos 6 meses | Fundos nos últimos 12 meses | Fundos nos últimos 24 meses | Fundos nos últimos 36 meses |
Ações Dividendos | 60 | 55 | 54 | 50 | 46 |
Ações Livres | 2.053 | 1.958 | 1.854 | 1.685 | 1.426 |
Ações Small Caps | 54 | 53 | 49 | 43 | 40 |
Ações Sustentabilidade/Governança | 5 | 4 | 4 | 4 | 4 |
Ações Valor/Crescimento | 117 | 114 | 114 | 111 | 103 |
Rentabilidade
Classificação Anbima (fundos) | Retorno no mês | Retorno nos últimos 6 meses | Retorno nos últimos 12 meses | Retorno nos últimos 24 meses | Retorno nos últimos 36 meses |
Ações Small Caps | 4,34% | -1,15% | -4,00% | 1,87% | -12,07% |
Ações Valor/Crescimento | 4,56% | 2,64% | 8,76% | 15,96% | -1,22% |
Ações Livres | 4,75% | 5,64% | 14,58% | 26,94% | 14,35% |
Ações Sustentabilidade/Governança | 3,10% | -0,22% | 1,32% | 10,99% | -9,95% |
Ações Dividendos | 5,65% | 5,33% | 12,53% | 26,65% | 24,59% |