Independente do cenário político, que indiscutivelmente sempre tem impacto na velocidade das transformações, com suas políticas de regulação ou desregulação socioambiental, a realidade sempre acaba se impondo com as oportunidades trazidas pelas inovações e pelas interconexões globais.

Todo processo de transformação pode ser desacelerado ou acelerado a depender do cenário político, mas não pode ser paralisado. Portanto, é certo que as empresas manterão suas estratégias alinhadas aos fatores ESG, e darão continuidade aos seus projetos de sustentabilidade porque faz sentido para os negócios.  

Segundo especialistas, o movimento global de sustentabilidade continuará, os pesquisadores avançarão em conhecimentos, os empreendedores em inovações, e os investidores continuarão a buscar valor em negócios resilientes, de baixo risco e com grande potencial de retorno, apostando em soluções com mais eficiência e menos impactos, que é o caso das tecnologias verdes por exemplo.

As Regulamentações com desdobramentos globais continuarão. A Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da UE, e as metas corporativas darão corpo a essa tendência mundial.

Independente do cenário político vigente, a reação negativa ao ESG nos EUA existe há vários anos, e mesmo assim nesse período não impactou a quantidade de empresas que divulgam seus relatórios de sustentabilidade. Pelo contrário, as empresas do S&P 500 que compartilham dados de diversidade da força de trabalho aumentaram de 5.3% em 2019 para 82.6% em 2023, segundo dados da DiversIQ  E as empresas de grande capitalização dos EUA aumentaram de 54% para 85% os seus relatórios de emissões de Escopo 1 e 2 no mesmo período.

Em artigo publicado na ESG News em 09 de novembro, Tim Mohin, ex presidente executivo da Global Reporting Initiative (GRI) e atual sócio e diretor do Boston Consulting Group (BCG), falou sobre sua experiência de mais de 40 anos de atuação em sustentabilidade. Período em que pode constatar o crescimento do número de empresas que passaram a integrar as premissas da sustentabilidade em suas estratégias de negócios, independente do cenário político vigente. 

Christiana Figueres, ex- Secretária Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que liderou o esforço diplomático global que culminou no Acordo de Paris de 2015 também já afirmou que “A direção é inalterável. O que se discute e se ajusta é a escala e a velocidade”.  

E para encerrar, Shiva Rajgopal, professor da Columbia Business School disse: “A maioria dos problemas ESG são problemas de negócios. Sou professor de contabilidade, e posso dizer que se você escolher os 10K de qualquer empresa e olhar os fatores de risco, eles estão cheios de problemas E e S. “

Depois de falas tão contundentes de experientes e importantes especialistas, torna-se cristalino os motivos pelos quais os esforços ESG continuarão independente das alternâncias políticas governamentais.

Fontes:

Sobre BISA Certifica:

Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br

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