A expressão ESG se tornou tão presente nos debates da gestão corporativa que dispensa apresentações. Mas é sempre bom conhecer a origem dos conceitos de gestão que ganham forte adesão dos executivos e gestores. ESG surgiu pela primeira vez em 2004 num relatório chamado “Who Cares Wins” (Ganha quem se importa), resultante de uma iniciativa da ONU para as instituições financeiras sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. Quase duas décadas depois, suas propostas se tornaram um tsunami da gestão corporativa .
Motivos nunca faltaram para uma gestão alinhada aos critérios ESG mesmo antes dele se tornar a celebridade do momento, uma vez que suas propostas bebem na fonte dos princípios e fundamentos do desenvolvimento sustentável, expressão usada pela primeira vez no relatório Nosso Futuro Comum de 1987, apresentado pela então presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, Gro Harlem Brundtland que também era médica, diplomata e foi primeira ministra da Noruega.
Em 1994, John Elkington, descrito pela Business Week, como o “decano do movimento da sustentabilidade corporativa” trouxe o conceito do triple botton line (tripé da sustentabilidade), uma proposta para mensurar os resultados das empresas com base em três pilares: ambiental, social e econômico. Em 2015, a ONU lançou a agenda 2030 com 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, e em 2018 o ESG ressurge na voz do CEO da maior agência de fundos de investimentos do mundo – Larry Fink da Black Rock. Mas não podemos esquecer que já havia uma estrada sendo pavimentada nessa direção, e que muitas empresas já trilhavam por esse caminho.
O grande impulso do ESG está na compreensão dos investidores sobre os riscos inerentes a uma gestão em conflito com as sinalizações dessa estrada chamada sustentabilidade, e o quanto desastroso poderá ser o resultado de quem rema contra as descobertas da ciência e o bom senso das melhores práticas de gestão.
E, sendo o investimento o coração da economia, não demorou para que as preocupações dos investidores tivessem forte impacto no pensamento corporativo. E das agências de fundos de investimentos a pequenas empresas, o ESG passou a dominar a atenção dos gestores e executivos de todos os escalões.
Mas não se pode seguir o movimento no modo efeito manada. Muito pelo contrário, é necessário a compreensão desta nova configuração de cenário da transição para uma economia de baixo carbono, circular e verde, e a partir de então arrumar a casa, no sentido de arrumação da empresa.
Em se tratando de ESG, não existe uma receita pronta, mas existem recomendações para que não desande. Temos a disposição das empresas, uma série de ferramentas da boa gestão que as ajudará nesse processo de alinhamento. A começar pelo conhecimento do nível de maturidade da organização em relação aos critérios ESG, para que a partir de então, ela possa se ajustar ou dar continuidade no processo de alinhamento ao ESG.
Não podemos esquecer de um elemento da gestão que nunca saiu de cena, e que vai ajudar nesse processo. São as práticas, as boas práticas ambientais, sociais e de governança da empresa. Serão elas que definirão tudo, do nível de maturidade das empresas aos índices de sustentabilidade de valorização das organizações. Serão elas (aliás sempre foram) as responsáveis pela inovação e excelência da boa gestão que tornam as organizações mais resilientes e competitivas, porque minimizam riscos e asseguram a longevidade dos negócios. E convenhamos, isso é o que os investidores procuram e valorizam.
As melhores práticas nunca saíram da agenda das organizações alinhadas aos critérios ESG mesmo antes do termo ser usado pela primeira vez, e serão elas que darão o tom do sucesso. As boas práticas serão uma espécie de fermento do ESG na vida real das empresas. E, se forem de boa qualidade, o bolo não vai desandar e o ESG vai acontecer.
Sobre BISA:Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br