O ambiente econômico do Brasil permaneceu com tendência de crescimento no setor de serviços, segundo dados do Instituto Markit Economics. As empresas conseguiram garantir novos trabalhos e aumentaram a atividade de negócios. Posteriormente, mais postos de trabalho foram criados em janeiro. Dito isto, em todos os três casos, as taxas de expansão se atenuaram em meio à rápida transmissão da variante Ômicron. Os índices de preços, que recuaram em dezembro voltaram a subir no início do ano. Tanto os custos de insumos quanto os custos de produção aumentaram em ritmo acentuado, acima das respectivas médias a longo prazo.

Com 52,8 em janeiro, o principal Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços da IHS Markit para o Brasil permaneceu em território de expansão pelo oitavo mês consecutivo. Entretanto, com queda em relação aos 53,6 de dezembro, o último resultado indicou o ritmo mais lento de crescimento neste período. O aumento esteve associado à retomada de eventos adiados, mais pedidos dos clientes e ao crescimento do turismo. O crescimento foi abafado pela falta de investimentos e a escalada da pandemia.

As empresas de serviços indicaram um aumento na demanda, com o crescimento de novos negócios pelo nono mês consecutivo. Dito isso, a taxa de expansão foi atenuada para o menor patamar em oito meses. De acordo com as empresas monitoradas, a intensificação da pandemia conteve o crescimento das vendas.

Os preços dos insumos aumentaram ainda mais em janeiro, tendo as empresas relatado custos mais elevados com energia, alimentos, combustível, medicamentos, metais, transporte e funcionários. Os aumentos estiveram associados frequentemente à escassez no fornecimento, à crise do transporte e à desvalorização da moeda. A taxa de inflação se acelerou com relação ao menor patamar em cinco meses de dezembro, se mostrando bastante acentuada.

Custos adicionais continuaram a ser repassados para os clientes por meio de aumentos dos preços de venda. A taxa de inflação dos preços cobrados foi acentuada e a mais acelerada do que em dezembro. A demanda internacional por serviços brasileiros permaneceu favorável no início do ano, com o índice de novos negócios de exportação expandindo em ritmo acentuado, pouco diferente do visto em dezembro.

As empresas esperam um recuo da pandemia nos próximos meses, levando a uma retomada da demanda e, consequentemente, da produção. Esperanças de estabilização dos preços e a oferta de novos serviços fomentaram o otimismo. O nível geral de sentimento positivo aumentou em relação a dezembro, e esteve acima da média de longo prazo.

Projeções de crescimento otimistas e os aumentos contínuos das vendas ajudaram na criação de mais empregos no setor de serviços. Contudo, o índice de emprego subiu a um ritmo moderado, o mais lento na atual sequência de oito meses de expansão. O aumento foi limitado por pedidos de demissão, dispensas e dificuldades para encontrar candidatos adequados.

Os esforços de expansão da capacidade permitiram que os prestadores de serviços continuem a reduzir os negócios pendentes. Houve uma queda acentuada dos pedidos em atraso em janeiro, ao terceiro ritmo mais veloz desde o início da coleta de dados, há quase 15 anos.

PMI® Consolidado

Embora a produção no setor privado brasileiro tenha continuado a se expandir em janeiro, o aumento foi o mais fraco na atual sequência de oito meses de crescimento. O Índice Consolidado de dados de Produção caiu de 52,0 em dezembro para 50,9, sinalizando uma taxa de crescimento marginal.

Os dados dos subsetores indicaram o aumento mais lento na atividade de serviços em oito meses e a redução mais acentuada da produção desde maio de 2020. Tendências semelhantes foram observadas para novos negócios, com um aumento mais lento no setor de serviços, acompanhado de um declínio acentuado dos pedidos a fábricas.

O crescimento consolidado se manteve, mas atenuado ao ritmo mais fraco no atual período de nove meses de expansão. Os postos de trabalho no setor privado brasileiro se expandiram ao ritmo mais lento desde o início da atual tendência de crescimento, em junho de 2021. O índice de emprego continuou a subir na economia de serviços, mas houve um novo declínio de postos de trabalho no setor de produção.

A inflação consolidada dos custos de insumos acelerou desde dezembro, em meio a um aumento entre os prestadores de serviços. Os fabricantes de produtos observaram um aumento acentuado nos preços de insumos, apesar da atenuação da taxa de inflação para o menor patamar em 19 meses.

Os preços cobrados pelas empresas do setor privado aumentaram pelo décimo oitavo mês seguido, em janeiro, embora ao ritmo mais fraco em um ano. Um aumento mais brando dos preços de fábrica se alinhou a um aumento acelerado de custos de serviços.

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