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Empresas de mineração no radar do Itaú BBA; veja em qual investir

No último dia de janeiro, a notícia era que as empresas de mineração projetavam investir US$ 64,5 bilhões no Brasil até 2028. Em reportagem publicado no Poder 360, o plano era para os próximos 5 anos de 28,8% superior a 2023, de US$ 50 bilhões. A estimativa, à época, foi do Instituto Brasileiro de Mineração. E, conforme o diretor-executivo do órgão, Raul Jungmann, “a alta é motivada por novos investimentos socioambientais das mineradoras, além de projetos de logística e no segmento de minerais críticos, como lítio”.

Tudo bem, estamos em abril e conforme análises macro, o setor de mineração anda um pouco sensível, os preços das commodities preocupam, o que não exclui a ideia de que os investimentos citados acima possam ser feitos, sem nenhuma repercussão contrária. No entanto, seria esse conjunto de informações o motivo de provocar a dança das carteiras? 

O Itaú BBA, por exemplo, recomenda a venda da CSN (CSNA3) e a compra de Usiminas (USIM5). Aliás, a turma de analistas fez um mexe geral para atualizar os modelos também da CSN Mineração (CMIN3) e Vale (VALE3).

As trocas rodando no modo Itaú

De acordo com o Itaú BBA, neste “momento desafiador” para os preços globais do aço e um ambiente bastante fraco de demanda por minério de ferro na China, é hora de favorecer as empresas que eles avaliam negociar múltiplos relativamente baratos e que podem gerar um “fluxo de caixa livre decente em 2024”, até mesmo devolvendo dinheiro aos acionistas (proventos). Por isso atualizaram os modelos de CSN, CSN Mineração, Vale e Usiminas, 

Na atual análise foram incluídas as novas estimativas de preços do minério de ferro e os resultados do 4T23. Assim, eles rebaixaram a recomendação de CSN de neutra para “venda”, com preço-alvo de R$ 15 (de R$ 20) ao fim de 2024 (potencial de queda de 2% em relação ao preço atual) e elevaram a indicação de Usiminas para de neutra para “compra”, com novo preço-alvo de R$ 12 (de R$ 9,50) ao término de 2024 (potencial de alta de 18%). 

Já para Vale e CSN Mineração, ficaram mantidas as recomendações de “compra” e neutra, respectivamente, mas ajustaram  para baixo os preços-alvo para US$ 14 (de US$ 17) para o ADR negociado em Nova York (ou R$ 71 para VALE3, com potencial de valorização de 16%) e R$ 6 (de R$ 7,40), nesta ordem, ao fim de 2024. 

A avaliação das empresas

Por que a CSN (CSNA3) foi rebaixada?

A explicação do Itaú é que a empresa foi rebaixada para venda devido ao valuation esticado e ao forte ciclo de investimentos na divisão de mineração até 2028, o que deve gerar um fluxo de caixa livre negativo. 

“Estimamos agora um resultado operacional (Ebitda) de R$ 9,45 bilhões em 2024 (contra R$ 12,8 bilhões em nosso modelo anterior), principalmente devido aos menores preços realizados do minério de ferro e menores preços domésticos do aço. Vemos a ação negociando a um múltiplo valor da empresa em relação ao Ebitda (EV/Ebitda) em 2024 de 6,0 vezes, o que parece um pouco esticado”, explicam os analistas. 

CSN Mineração (CMIN3) com recomendação neutra

Conforme os analistas, foi mantida a indicação de CMIN3 em neutrapor causa do seu potencial limitado de valorização, considerando o fluxo de caixa descontado (DCF, um método de avaliação de empresas e negócios que leva em consideração quanto dinheiro pode gerar no futuro) e um fluxo de caixa livre prejudicado entre 2024 e 2028 devido ao projeto de expansão. 

“Estimamos um Ebitda de R$ 5,1 bilhões em 2024 (abaixo dos R$ 7,9 bilhões anteriores), principalmente devido à incorporação da nossa nova curva de preços de minério de ferro. Vemos a empresa negociando em 5,9 vezes o EV/Ebitda para 2024, um prêmio de 37% em relação à Vale, o que nos impede de sermos mais otimistas em relação à ação.”

 Vale (VALE3) toda-poderosa-como-sempre

Mesmo com o zumzum do mercado  de que o governo possa interferir na gestão da gigante brasileira, o Itaú reitera a recomendação de “compra”, diante de uma geração decente de retorno total ao acionista, de 23% para 2024, e de fluxo de caixa livre. 

“A revisão do preço-alvo para baixo reflete, principalmente, nossa nova curva de preços do minério de ferro. Vemos as ações sendo negociadas a um EV/Ebitda em 2024 de 4,3 vezes. Embora reconheçamos a fraca dinâmica do preço do minério de ferro, vemos um risco baixo de queda das ações vs. os níveis atuais.” 

Usiminas (USIM5) promovida

A Usiminas (USIM5) subiu para recomendação de  “compra” em reflexo a melhores perspectivas operacionais e valuation atrativo. “Temos uma visão mais otimista em relação a um potencial declínio nos custos da produção de aço nos próximos trimestres, o que provavelmente sustentará um lucro positivo, gerando um impulso para a ação”, justificam os analistas. 

Soma-se a isso,  uma proposta decente de risco recompensa, apoiada pelos decentes 8% de rendimento do fluxo de caixa livre esperado para 2024 e atraente vantagem de 18% do DCF. “Vemos a ação sendo negociada em 2024 a um múltiplo EV/Ebitda de 3,6 vezes, o que parece barato em relação aos níveis históricos.”

Acompanhe as principais recomendações para investir em ações e qual a escolhida do setor no topo do ranking. VEJA AGORA.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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