Em 2024, o mercado de títulos de dívida mostra uma clara mudança de tendência. As debêntures incentivadas, conhecidas por oferecer ganhos isentos de Imposto de Renda, registraram um crescimento explosivo. Por outro lado, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) enfrentam uma desaceleração significativa.

O que está por trás dessas mudanças e como os investidores devem reagir?

Conforme dados da Anbima, divulgados em meados de julho, revelam um crescimento impressionante das debêntures incentivadas. No primeiro semestre, essas emissões cresceram 407%, totalizando R$ 64,4 bilhões. Em contraste, a captação de recursos via CRIs e CRAs mostrou sinais de esfriamento.

O novo preferido do mercado, as debêntures incentivadas, reflete um movimento de migração de recursos. No primeiro semestre, as emissões de debêntures atingiram R$ 206,7 bilhões, marcando um salto de 164% em comparação ao ano anterior.

Já para CRIs e CRAs a situação é diferente.

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Os CRIs, que levantaram R$ 31,4 bilhões, apresentaram uma alta de 149% em relação ao ano passado, mas o volume caiu 10,5% em relação ao segundo semestre de 2023. Os CRAs também mostraram um crescimento de 41,6%, alcançando R$ 19,4 bilhões, mas registraram uma queda de 34% quando comparados ao segundo semestre do ano passado.

Novas regras do CMN e seus efeitos

A desaceleração nos CRIs e CRAs pode ser atribuída às novas regulamentações implementadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro. As novas regras restringem a emissão desses títulos por empresas fora dos setores imobiliário e agroindustrial e aumentam os prazos de vencimento. Essas mudanças visam aumentar a segurança dos investimentos, mas também podem ter reduzido o apelo desses papéis para alguns investidores.

O que isso significa para os investidores? Como aproveitar o mercado de debêntures incentivadas?

O mercado de debêntures incentivadas apresenta uma oportunidade atraente com seus ganhos isentos de Imposto de Renda. No entanto, investidores devem estar cientes das mudanças nas regras para CRIs e CRAs, que podem impactar a dinâmica de investimentos.

O crescimento expressivo pela busca de isenção fiscal coloca as debêntures incentivadas na concorrência, podendo ser uma opção sólida para diversificar sua carteira e otimizar ganhos. Dessa forma, é crucial acompanhar as perspectivas dos analistas e os riscos de cada produto para validar a oportunidade.

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