Diante das novas condições impostas pela pandemia de Coronavírus, com maior número de pessoas ficando em suas casas e queda na renda das famílias, o consumidor passou a demandar mais calçados para o uso casual, como sandálias rasteiras, chinelos, sapatilhas e tênis que possuam preços mais baixos (entre R$ 49,00 e R$ 79,00).
A nova tendência acabou por favorecer empresas como a Alpargatas e a Grendene, que agora vem se desdobrando para atender pedidos aquecidos do varejo.
O presidente da Alpargatas, Roberto Funari, afirmou que o crescimento na demanda é geral, mas observado de forma mais acelerada especialmente em locais como supermercados, hipermercados e lojas de conveniência, onde os clientes podem consumir diversos produtos, além do meio digital. Estes locais vem sendo os mais frequentados desde a imposição das medidas de isolamento social.
Já em shoppings e lojas monomarcas, o ritmo apresentado é mais lento.
A Grendene afirma que suas vendas em setembro estariam acima do volume de pares registrados no mesmo período de 2019. Em setembro e outubro, a companhia contratou quase 2 mil trabalhadores temporários no Ceará, para atender a demanda aquecida, de acordo com fontes do setor.
Mesmo na Arezzo, mais focada em mulheres das classes A e B; os itens mais vendidos são tênis e scarpins com preços entre R$ 79,90 e R$ 99,90. A varejista reformulou suas coleções, ampliando a oferta de tênis e calçados sem saltos.
A indústria comenta sobre a dificuldade de segurar os preços com a alta do preço do algodão e a desvalorização do real, visto que grande número de insumos é importado.
Impacto: Positivo. As novas tendências de compra vem estimulando a demanda para calçados mais casuais de preços entre R$ 49,00 e R$ 79,00; o que impacta positivamente empresas calçadistas como Alpargatas e Grendene. Ainda, outras empresas que costumam atuar com preços mais elevados, como Arezzo, vem adequando sua oferta para captar a demanda.
