A confiança empresarial subiu em outubro recuperando menos de 20% das perdas de setembro, quando o ICE caiu quase três pontos, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). A confiança do consumidor subiu 1,0 ponto no mês, interrompendo a sequência de dois meses de queda. A distância de 24,0 pontos entre os dois índices é a segunda maior na série histórica, perdendo apenas para a do mês anterior.

Em outubro, a percepção empresarial melhorou ligeiramente nos dois horizontes de tempo, mantendo os índices de Situação Atual e de Expectativas na faixa de neutralidade. O resultado sinaliza um nível de atividade moderado no quarto trimestre. A retomada da tendência de alta da confiança, interrompida em setembro, será difícil nos próximos meses. Continuam no radar das empresas riscos como os de crise energética, piora do cenário fiscal, desaceleração da economia mundial; além da alta gradual dos juros internos.

A confiança do setor de Serviços voltou a subir em outubro, recuperando as perdas do mês passado. Já a confiança da Indústria recuou pela terceira vez consecutiva, acumulando perdas de 3,2 pontos desde agosto. Com os resultados, a Indústria contribuiu negativamente em 125% e o setor de Serviços contribuiu positivamente com 225%, para a variação de 0,4 pt. da confiança empresarial. A confiança do Comércio e da Construção variaram modestamente no mês. O atual desenho sugere continuidade da retomada do setor de Serviços com o avanço na vacinação e aumento da procura; paralelamente à desaceleração dos outros setores.

Em dezembro de 2020 a distância entre a confiança da Indústria e Serviços chegou a 28,7 pontos, a maior da série histórica. Desde abril de 2021, com o avanço da vacinação e o maior controle da pandemia no Brasil, a confiança dos Serviços vem se recuperando e a distância entre ambas vem diminuindo. Em outubro, a distância de 6,1 pontos foi a menor desde junho de 2020.

Após piora expressiva no mês passado, as expectativas dos consumidores melhoraram um pouco em outubro, enquanto a percepção sobre a situação atual ficou praticamente estável após três meses em queda. Os resultados refletem preocupações com a inflação persistente, aumento das taxas de juros e elevada incerteza, principalmente em fatores mais diretamente relacionados ao dia a dia, como o risco de crise energética.

O Indicador de Incerteza do FGV IBRE cede 2,6 pontos em outubro, para 131,2 pontos. O indicador se mantém acima dos 130 pontos e 16,2 pontos acima de fevereiro de 2020 (115,1 pts), último mês antes da chegada da pandemia de covid-19 ao país. A queda é reflexo da melhora do quadro sanitário e da maior flexibilização das medidas de restrição à mobilidade, além de um ligeiro abrandamento do cenário político no mês. O alto nível da incerteza ainda reflete a combinação dos fatores acima com a inflação elevada, um quadro de piora fiscal e o risco energético.

Após chegar a 136,2 pontos no mês passado, o Indicador de Incerteza Política cede em outubro, para 123,9 pontos. Já Indicador de Incerteza Fiscal subiu pela terceira vez consecutiva, para 128,5 pontos. Esta é a primeira vez, desde maio de 2021, que a incerteza fiscal supera a incerteza política.

Com o avanço da vacinação, tem ocorrido um aumento da demanda por serviços ao longo de 2021. Isso tem gerado melhora da confiança dos segmentos, principalmente para os serviços prestados às famílias que entre jan/21 e out/21 acumulou alta de quase 30 pontos, uma distância de quase 10 pontos para o segundo colocado (serviços profissionais). Em outubro, a alta da confiança dos serviços prestados às famílias foi motivado, principalmente, pela melhora das avaliações em relação à situação atual.

Em outubro, a percepção sobre a situação atual só não piorou no setor de Serviços e para os consumidores. O ISA dos consumidores se mantém abaixo dos 70 pontos, extremamente baixo em termos históricos. Inflação e mercado de trabalho debilitado são os principais motivos para a insatisfação dos consumidores.

Em outubro, todos os setores e consumidores registraram melhora das expectativas em relação aos próximos meses, à exceção da Indústria que piorou pelo terceiro mês consecutivo.

O indicador que mede o otimismo empresarial com a evolução da Situação dos Negócios nos seis meses seguintes ficou abaixo dos dois indicadores de expectativas que miram os três meses seguintes pelo terceiro mês seguido, algo que não ocorria desde 2015, um sinal de que o setor produtivo começa a se preocupar com uma desaceleração da atividade no primeiro semestre de 2022.

Em outubro, o nível médio da confiança de consumidores com renda mais baixa (faixas 1 e 2) subiu 1,9 pt., para 68,4 pts. A dos consumidores com renda mais alta (faixas 3 e 4) subiu 0,3 pt., para 83,8 pts. A distância entre as faixas se mantém elevada, em 15,4 pts.


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