A Companhia Brasileira de Alumínio atingiu uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões no 4T21, alta de 54% na comparação com igual etapa de 2020, em função do significativo aumento de 60% na receita líquida do negócio de alumínio. A crise energética na Europa e China continuou impactando o mercado de alumínio, resultando em preços elevados de energia e cortes de capacidade nessas duas regiões, o que refletiu em relevante aumento no preço do alumínio na LME (London Metal Exchange) durante o 4T21, que chegou a atingir o mais alto valor dos últimos 13 anos, US$ 3.180/t em outubro de 2021, encerrando o trimestre com o preço médio de alumínio na LME de US$ 2.762/t. Outro fator que contribuiu fortemente para o crescimento da receita foi o aumento de 142% da receita de outros segmentos no 4T21, comparado ao 4T20, em função do aumento de 40% no volume de trading de lingote (estratégia de compra de lingote para revenda), alinhado ao aumento do preço na LME, além do volume vendido de 32 mil toneladas de alumina, referente à trading do take de alumina da CBA na Alunorte, enquanto no 4T20 não houve venda de alumina. A receita líquida do negócio de energia, que compreende apenas a comercialização da energia elétrica excedente que é vendida para o mercado, teve redução de 3% no 4T21 em relação ao 4T20, em função da crise hídrica e consequente redução nos volumes de venda de energia no mercado spot, priorizando a energia para consumo.

No 4T21, o aumento de 39% do custo dos produtos vendidos no consolidado da CBA, comparado ao 4T20, foi influenciado por um aumento de R$ 542 milhões no custo do negócio de alumínio, impactado pela inflação de custos na indústria global como efeito da retomada da demanda, crise energética, stress das cadeias produtivas, aumento dos custos logísticos, além da evolução do volume comercializado, conforme detalhado na seção de Receita Líquida.

O EBITDA ajustado consolidado atingiu recorde trimestral, com expressivo aumento de R$ 333 milhões no 4T21 (vs. 4T20), impulsionado principalmente pela melhora no resultado do negócio alumínio, decorrente do aumento dos preços de venda praticados, com o aumento do preço do alumínio na LME e a valorização do dólar médio frente ao real, aliado a maiores volumes e melhor mix de produtos vendidos. Por outro lado, o EBITDA ajustado foi impactado pela venda dos ativos de Ferro Níquel e pela reversão do impairment sobre o passivo de descomissionamento ambiental da unidade de Niquelândia. A margem Ebitda teve aumento de 10 p.p. A/A, atingindo no 4T21 expressivos 21%.

A CBA obteve lucro líquido histórico de R$ 615 milhões no 4T21, em comparação ao prejuízo líquido de R$ 498 milhões do ano anterior, resultado de cenário favorável em relação a volume e preços de alumínio praticados, combinado com a reversão do saldo negativo de outros resultados operacionais e ainda reconheceu R$ 225 milhões de IR/CSLL diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa considerando um horizonte estimado mínimo de recuperabilidade de 2 anos. O reconhecimento decorreu da melhora do cenário macroeconômico e seus respectivos impactos nos lucros futuros projetados da Companhia.

A dívida líquida totalizou R$ 1,7 bilhão e a alavancagem financeira da CBA, medida pela relação dívida líquida sobre o EBITDA ajustado dos últimos doze meses, reduziu de 1,89x em setembro de 2021 para 1,08x em dezembro de 2021.

A Companhia vai realizar o pagamento de R$ 172 milhões (R$0,29 por ação) de dividendos aos seus acionistas, que engloba os dividendos obrigatórios de 25% do lucro líquido ajustado e dividendos suplementares, considerando que venham a ser aprovados pela Assembleia Geral em 29 de abril de 2022, conforme estabelecido no Estatuto Social, que também deverá aprovar a data de pagamento proposta de 18 maio de 2022. A posição de ações (data base) considerada é 29 de abril e a data ex-dividendos será 02 de maio de 2022.

Impacto: Positivo. Os números reportados pela CBA no 4T21 são bastante positivos, com destaque a melhor eficiência operacional, refletida pelo expressivo aumento de margem Ebitda, impulsionado pelos preços do alumínio e cambio, e controle de custos, destacando a queda nas despesas com vendas e relativa manutenção das despesas gerais e administrativas. Além disso, a alavancagem vem caindo de maneira acelerada, e a posição caixa é bastante sólida. A Guide Investimentos segue com viés otimista em relação a CBA, que deve continuar a apresentar fortes números no negócio de alumínio, e melhora para a comercialização de energia com GSF previsto para 2022 em 86%.

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