Estamos vivendo um novo cenário no desempenho do Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa local, que se descola dos mercados globais. Nos últimos anos, o mercado brasileiro apresentou forte relação com as taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos.
Isto é, quando as taxas dos EUA subiam, o Ibovespa tendia a recuar, e vice-versa.
Essa dinâmica era interpretada pelas preferências do investidor, algumas vezes buscando por mais proteção; em outros, por mais risco visando maior retorno. Afinal, os títulos do Tesouro norte americano são considerados de “risco zero” (os donos da impressora de dólares). Por outro lado, o Brasil representa um investimento de maior risco, situado entre os mercados/países emergentes.
Ibovespa se descola dos mercados
No entanto, recentemente essa correlação enfraqueceu, como revelado pelos analistas da XP e conforme o gráfico abaixo. Eles explicam que recentemente as taxas de juros nos EUA começaram a cair novamente devido aos movimentos da econômica e perspectivas sobre os cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
Enquanto isso, Brasil representado no gráfico com o índice Ibovespa, deixou de acompanhar o movimento dos mercados com o cenário econômico se deteriorando em 2024. A Bolsa brasileira enfrenta pressões devido aos três grandes desafios que já venho citando em outros texto por aqui. (1) Preocupações sobre a política monetária que envolve a desancoragem das expectativas de inflação e o futuro das taxas de juros; (2) desalinhamento no âmbito político; e (3) incertezas em relação ao equilíbrio fiscal.
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O que esperar para o mercado brasileiro
Os possíveis catalisadores para o Ibovespa nos próximos meses são:
A queda nas taxas de juros nos EUA. Uma redução adicional nas taxas norte americanas poderia atrair fluxo de capital de volta para os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Redução nas preocupações com a Política Fiscal. Medidas claras e eficazes para equilibrar as contas públicas podem restaurar a confiança dos investidores.
Confiança na Política Monetária. Recentemente tivemos decisões contraditórias e gerou mais turbulência nos mercados locais. Dessa forma, futuras medidas do Banco Central brasileiro que sinalizem uma política monetária mais estável e previsível podem ajudar a reancorar as expectativas do mercado.
Navegando pelas ondas dos mercados globais
O momento é desafiador para qualquer investidor, portanto considerar estratégias como diversificação internacional e foco em empresas resilientes pode ser prudente. Incluindo setores mais defensivos como Utilities e empresas com receita em dólar, Fundos (ex: FIIs) e renda fixa atrelada ao IPCA+.
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Acompanhar o mercado, as análises de especialistas e recomendações se tornou essencial para o investidor navegar neste cenário. Por isso, acesse os relatórios de diversas fontes no Clube Acionista e as listas com os ativos mais recomendados para investir. Seu nível de clareza na hora de tomar uma decisão aumentará com o suporte da plataforma.