O Banco do Brasil (BB) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 8,78 bilhões, aumento de 11,7% em relação a igual período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, o lucro cresceu 2,8%, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, 9.

Entre janeiro e junho, o lucro do BB aumentou 19,5% ante igual intervalo do ano passado, atingindo R$ 17,33 bilhões. O banco público, o segundo maior do País em ativos, tem sustentado resultados acima dos pares de capital privado por operar com uma carteira de crédito mais protegida da inadimplência decorrente da alta dos juros e da inflação desde o ano passado.

A carteira do BB teve expansão de 13,6% em um ano, para R$ 1,04 trilhão. As operações que mais cresceram foram as destinadas ao agronegócio, com alta de 22,7% na mesma comparação. Cerca de um terço da carteira da instituição é destinada ao agro, segmento que historicamente tem inadimplência mais baixa.

Inadimplência

No geral, a inadimplência na carteira de crédito do BB foi de 2,73% no segundo trimestre deste ano, alta de 0,73 ponto porcentual na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, houve alta de 0,11 ponto porcentual. Os números consideram os atrasos acima de 90 dias.

No informe de resultados, o banco público afirma que o crescimento veio principalmente da entrada em atraso de parte dos créditos de pessoa jurídica – sem citar nominalmente, o BB fez referência à Americanas. Sem a varejista, a inadimplência da carteira, segundo o banco, seria de 2,65%.

A carteira de pessoas jurídicas, impactada pelos pagamentos em atraso da Americanas, teve inadimplência de 2,58%, alta de 1 ponto porcentual no comparativo anual. Sem o efeito Americanas, a taxa ficaria em 2,31%.

Na carteira de crédito destinada a pessoas físicas, a inadimplência era de 5,27%, um avanço de 2 pontos em relação a junho de 2022, mas 0,1 ponto menor que o índice do final de março. Entre as linhas de crédito, a que puxou o crescimento dos atrasos foi a do CDC salário, em que a inadimplência chegou a 8,02%, frente a 6,07% um ano antes.

Já na carteira destinada ao agronegócio, o índice de inadimplência foi de 0,58%, com queda de 0,13 ponto porcentual em um ano.

O avanço da inadimplência geral e as incertezas com relação à carteira corporativa fizeram as despesas com provisões para devedores duvidosos do BB atingirem R$ 7,14 bilhões no trimestre, alta de 22,6% em relação ao trimestre anterior, e de 144,3% na comparação anual.

Margem financeira

A margem financeira do banco, que mede os resultados com operações que rendem juros, foi de R$ 22,88 bilhões, crescimento de 34,2% em um ano, puxada principalmente pelas operações de tesouraria – cujos ganhos no trimestre atingiram R$ 11,63 bilhões, uma alta de 56,1% ante o trimestre anterior. A receita financeira com operações de crédito atingiu R$ 33,61 bilhões, 28,3% maior na comparação anual e 4,1% ante o primeiro trimestre.

De acordo com o BB, o crescimento da carteira de crédito ajudou a impulsionar as receitas financeiras, contribuindo para que a margem avançassem no comparativo anual.

As despesas administrativas do banco somaram R$ 9,03 bilhões entre abril e junho, valor 8,8% maior que o registrado um ano antes, e de 3,9% em relação ao trimestre anterior. As despesas com pessoal foram de R$ 5,79 bilhões, alta de 8,4% em 12 meses. Ao todo, o banco tinha 3.172 agências físicas e 85.031 funcionários no final de março.

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