Meio contra a maré do otimismo de outros analistas ( como os do BTG Pactual, por exemplo), o BB Investimentos é taxativo: a bolsa deve encerrar o semestre longe de reverter as perdas acumuladas até maio, que totalizaram cerca de 9%. Isso porque esse desempenho coloca o Ibovespa com o pior retorno nominal em reais e em dólares (-16%) entre as principais bolsas globais. 

“Nos últimos dias (de maio), pudemos notar certa estabilização na saída de capital estrangeiro, cujo montante já soma retiradas de R$ 34 bilhões ao longo de 2024. No longo prazo, a trajetória da bolsa costuma ser bem correlacionada com o desempenho da economia como um todo.”

PIB no radar do mercado

Para o BB, períodos de expansão de PIB “historicamente são associados à evolução positiva do mercado acionário e vice e versa”. Conforme os analistas, a médio prazo, nota-se a influência que os ciclos de política monetária exercem, sendo os períodos de corte de juros consistentes com a valorização da bolsa. “Cabe lembrar que os cortes de juros também são associados ao aumento do investimento na economia real, que por sua vez influencia positivamente o PIB, fechando esse ciclo juros-atividade econômica-bolsa.”, explicam os analistas.

Assim, considerando a influência dos mercados desenvolvidos nas economias emergentes, de acordo com o BB, essa analogia também vale para as perspectivas de crescimento global, cenário de juros, commodities, moedas, entre outros. 

Bolsa e os investimentos nas carteiras

“Ao compor potencial parcela dos portfólios de investidores globais, os países emergentes precisam ofertar condições atrativas de custo, diferencial de juros e potencial de retorno no longo prazo. Nesse contexto, é importante que ocorra uma convergência de expectativas em relação às principais variáveis macroeconômicas que influenciam os mercados, promovendo melhor visibilidade para auxiliar a decisão de alocação dos investidores.”

Segundo os analistas, esses fatores têm se mostrado mais voláteis ao longo do ano, a começar pela trilha dos juros americanos (principal variável de análise). “Ao se manterem elevados por mais tempo, o prêmio que os emergentes precisam pagar para atrair investidores globais se eleva, freando o ímpeto de tomada de risco em outros ativos, a exemplo da renda variável.”

No Brasil, ainda que a ata do Copom tenha sido interpretada como austera, a decisão dos corte de juros em 0,25% ocasionou uma alteração em relação às expectativas de inflação no longo prazo. Isso também contribuiu para que “a curva de juros elevasse sua inclinação no longo prazo, ambos efeitos negativos para os ativos de risco no curto prazo.”

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