O queixo de muita gente deve ter caído nesta segunda-feira (13), ainda mais de quem não acompanha a Magalu, quando, após divulgação dos resultados 3T23, a companhia emitiu um Fato Relevante informando que foram “identificadas incorreções em lançamentos contábeis relacionadas ao período de competência do reconhecimento contábil de bonificações em determinadas transações comerciais, e decorrente do fato de certas notas de débito.”

De acordo com a empresa houve erros contábeis, com a redução no patrimônio líquido da companhia de R$ 322,1 milhões.

O investidor: como assim? 

O mercado: outra Americanas?

O baque piorou o que estava ruim, e as ações MGLU3 despencaram nesta terça-feira (14), -8,67% e às 14h estava valendo R$ 1,58. Um salve-se quem puder ou Deus nos acuda?

Isso iria contra a política de governança da empresa que lucrou R$ 331,2 milhões de forma líquida no terceiro trimestre, se a Magalu, lá em abril, não tivesse comunicado o erro, o que foi feito. Agora é saber como uma das maiores redes de varejo do país vai desenrolar esse novelo.

A Magalu tem 57,1% do Conselho da empresa ocupado por mulheres, com score no Índice TEVA  de 40,7, ocupando o 3º lugar. Por essas e outras que notícias “ruins”, principalmente depois do Caso Americanas em janeiro, que afetam o ESG de uma empresa que leva muito a sério os critérios de sustentabilidade como a Magazine Luiza, despertam desconfianças.