O ano promete fortes emoções para quem trabalha ou acompanha os investimentos sustentáveis. Com as peças mudando no tabuleiro político, abrem-se oportunidades para quem souber fazer a leitura correta do conjunto de forças que estão se formando no cenário global.

A União Europeia onde mais se avançou na regulação dos investimentos sustentáveis alavancada pelo Green Deal Europeu está sob pressão em relação as suas políticas ESG.

E, em reação as críticas da Alemanha e da França de que as políticas ESG prejudicam a competitividade de suas empresas, um grupo de investidores em comunicado conjunto pediu a UE que não ceda á pressões para flexibilizar as regulamentações ESG do bloco. São investidores que juntos administram US$ 6,8 trilhões em ativos, entre eles, instituições relevantes como como Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC), European Sustainable Investment Forum (Eurosif) e Principles for Responsible Investment (PRI).

Nos Estados Unidos, a Morningstar, uma empresa provedora independente de dados e análise de investimentos com sede em Chicago, publicou artigo de sua  chefe global de pesquisa de sustentabilidade Hortense Bioy, onde ela aponta as principais tendências do investimento sustentável para 2025 que vale conferir. São elas:

  • Um ano de testes para regulamentações ESG

2025 será um ano crítico para a credibilidade das regulações ESG da UE com políticos e corporações pressionando os reguladores da UE sobre o valor e a eficácia das políticas ESG. Particularmente com a revisão do Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis ​​e a primeira onda de relatórios da Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa.

  • A reformulação do cenário global dos fundos ESG

O principal impulsionador serão as diretrizes de nomenclatura de fundos ESG emitidas pela Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados para proteger os investidores do risco de greenwashing. São diretrizes que introduziram padrões mínimos para fundos da UE que usam termos relacionados ao ESG em seus nomes.

  • Investimento de transição: de metas para ações tangíveis

De acordo com a Agência Internacional de Energia, mais de US$ 6 trilhões serão necessários por ano até 2030 para atingir uma transição energética bem-sucedida. Sendo assim, os investidores olharão cada vez mais para as oportunidades significativas que surgem da transição energética.

  • Títulos sustentáveis: taxas de juros mais baixas impulsionarão a emissão para US$ 1 trilhão

A emissão de títulos verdes, sociais, sustentáveis ​​e vinculados à sustentabilidade deve exceder US$ 1 trilhão apoiada por um ambiente de taxa de juros mais favorável e pela demanda por investimentos sustentáveis. Os títulos verdes se tornaram instrumentos de dívida populares para financiar a transição. E os títulos emitidos sob o GBS da UE serão obrigados a alocar pelo menos 85% de seus rendimentos para atividades sustentáveis ​​alinhadas à Taxonomia da UE

  • Financiamento da biodiversidade poderá escalar

É amplamente reconhecido que a natureza, como uma classe de ativos, está mal precificada. Nos últimos dois anos, iniciativas como a Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza, a adoção do Quadro Global de Biodiversidade e a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) permitiram que os investidores se envolvessem com a questão de forma mais eficaz.

  • A rápida adoção da IA e o aumento dos riscos ambientais e sociais

A inteligência artificial continuará a subir na agenda de investidores focados em sustentabilidade, principalmente pelo seu potencial em ajudar no combate as mudanças climáticas e atingir de metas de sustentabilidade em todos os setores. Porém, no lado social, a IA representa uma série de novos riscos (violações de privacidade, vieses, notícias falsas e violação de direitos autorais) que podem custar muito dinheiro às empresas. Do lado ambiental, os data centers exigem uma quantidade enorme de energia (nem toda verde), que podem desviar eletricidade verde de outros setores críticos.

Enfim, são 6 tendências apontadas por especialista em investimentos sustentáveis, e portanto, devem fazer parte da leitura e atenção dos investidores e executivos para compreensão do cenário 2025. Para ler o relatório completo, clique aqui .

Fontes:

Sobre BISA Certifica:

Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br