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As Best in Class que devem estar na carteira de investimentos

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Haja o que houver, as duas são grandes empresas e independente do desempenho delas no dia a dia na bolsa, são defendidas como bons investimentos. Além de tudo, pagam proventos, têm credibilidade e atendem aos principais critérios ESG da B3, por isso são da seleção Best in Class. São, portanto, duas gigantes que devem estar na carteira de investimentos.

Bom saber que a Ambev (ABEV3) teve lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 0,6% ante o trimestre anterior no 1T24. Enquanto a receita líquida foi de R$ 20,27 bilhões, queda ante os R$ 20,5 bilhões do 1T23. O Ebitda ajustado cresceu 12,4% em comparação com o ano anterior, com geração de caixa influenciada principalmente pelo crescimento de 20,4% na América Central e Caribe. E o fluxo de caixa das atividades operacionais chegou a R$ 718,2 milhões, aumento em comparação aos R$ 576,3 milhões do 1T23, influenciado pelo melhor desempenho do capital de giro impulsionado pelas contas a pagar.

Já a Itaúsa (ITSA4), holding que controla o banco Itaú (ITUB4) e outras empresas, registrou um aumento de 38,1% no lucro líquido recorrente no 1T24 em comparação com o mesmo período de 2023. Este lucro subiu de R$ 2,595 bilhões para R$ 3,585 bilhões. O resultado financeiro atingiu R$ 56 milhões no primeiro trimestre, uma redução de 69% em comparação com o 1T23. Isso porque houve o pré-pagamento de R$ 2,5 bilhões no final de 2023, relativo à quinta emissão de debêntures, e à redução da taxa de juros no período. Os ativos totais somaram R$ 88,147 bilhões no 1T24, um aumento anual de 4,3%.

Mesmo com queda nas ações e nos resultados, Ambev é Ambev

Na análise da Ativa, mesmo com muita pressão vinda da Argentina e do Canadá, a Ambev apresentou dados mistos, com Brasil, Chile, Paraguai e República Dominicana sustentando o resultado. Segundo os analistas, os desafios da Argentina e do Canadá devem seguir, principalmente com questões inflacionárias no país hermano e estratégias comerciais no outro. No entanto, as outras regiões vêm demonstrando positivos avanços. 

“Nossa tese de recuperação de rentabilidades se mantém inalterada, mas ressaltamos os desafios claros na Argentina e Canadá, que devem seguir como detratores de resultado. Assim, reiteramos compra, com uma postura cautelosa quanto ao futuro desempenho dessas regiões”, comentam os analistas. 

Ações da Ambev (ABEV3) acumulam queda 

Quem investe e o mercado sabe que as ações ABEV3 acumulam queda de cerca de 8,0% desde o início do ano até o dia 7 de maio. 

“A queda do papel após a divulgação dos resultados do 1T24 nos sugere que, apesar dos números terem vindo em linha com as projeções do mercado, os investidores se mostram preocupados com os ventos contrários advindos das operações internacionais, notadamente Argentina e Canadá”, comentam os analistas do BB Investimentos. 

Eles destacam que durante a teleconferência pós-resultados, a empresa sinalizou “observar uma evolução favorável no cenário macroeconômico da Argentina mês após mês, apesar de ainda ser cedo para saber quando os volumes vão começar a se recuperar”. 

Dessa forma, sob este prisma, os principais indicadores-chaves a serem acompanhados neste momento são manutenção de sua participação de mercado e proteção do caixa nessas regiões. 

“Nossa visão para a companhia segue positiva, em um contexto de indústria mais saudável no Brasil, além da conjuntura favorável dos preços de commodities e taxas de juros em queda, o que deve beneficiar sua operação como um tudo, apesar de ainda vislumbrarmos “arranhões” advindos das operações na Argentina e no Canadá. No momento, mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 16,00 para o final de 2024”, afirmam os analistas.

Mas há quem não acredite muito no crescimento da Ambev. É o caso dos analistas da Genial que, conforme relatório, dizem enxergar um “baixo potencial de crescimento na companhia. Estimamos melhoras em LAS e no Canadá no curto e médio prazo, segmentos que, em conjunto, representam ~30% do faturamento da companhia. Reiteramos a recomendação de Manter com Target Price 12M de R$ 14,00.”

ESG

A Ambev tem como um dos pilares de sua cultura o comprometimento e a adoção de boas práticas de sustentabilidade, que abordam desde temas ligados à gestão de água até mudanças climáticas. Além de fazer parte de um seleto grupo de companhias brasileiras que integram o Pacto Global das Nações Unidas (ONU), a Ambev tem metas ESG claras, como, por exemplo, de até 2025, ter 100% da eletricidade adquirida advinda de fontes renováveis e 100% das embalagens de suas bebidas serem provenientes de material reciclado. 

A Itaúsa (ITSA4) é de tremenda potência

A gigante Itaúsa (ITSA4) é uma holding fundada em 1966 sob o nome de Banco Itaú de Investimentos S.A. Em 1991 passou a se chamar Itaúsa. Controla o Itaú Unibanco, Duratex, Alpargatas e Nova Transportadora do Sudeste. Mas o Itaú representa a maior participação da holding.

Dentre os analistas que recomendam compra para a Itaúsa, os do Inter enxergam como positiva a gestão de capital da companhia apostando em uma diversificação do portfólio no longo prazo investindo em companhias que atuam na economia real. “Adicionalmente, o desinvestimento da XP e a redução do endividamento da holding trazem boas perspectivas para a rentabilidade da holding.”

Os analistas têm expectativas positivas para o principal investimento da holding, o Itaú Unibanco. 

A Ágora incorporou os resultados recentes e os preços-alvo para as subsidiárias da Itaúsa com base nas estimativas dos principais analistas do Bradesco BBI, mantendo também um desconto justo de participação de 20%. 

“Por exemplo, nossa avaliação é derivada do preço-alvo do Itaú de R$ 45,00, da DEXCO de R$ 11,00, da Alpargatas de R$ 9,00 e da CCR de R$ 18,00, combinado com as nossas projeções para a NTS (R$ 1,7 bilhão), Copagaz (R$ 1,5 bilhão), Aegea (R$ 2,5 bilhões) e outras (-R$ 1,5 bilhão), atingimos uma soma das partes de R$ 177 bilhões. Portanto, aplicando um desconto de 20%, atingimos R$ 141,9 bilhões de valor justo para Itaúsa, ou R$ 13,70/ação.”

Além disso, a empresa segue na carteira Dividendos da Ágora, uma vez que a administração espera que a Itaúsa mantenha a estratégia de repassar todos os valores recebidos do Itaú aos seus acionistas, enquanto os dividendos recebidos de empresas não financeiras devem ser utilizados para pagar despesas da holding, despesas financeiras e por ineficiência tributária. “Portanto, atualmente, a empresa vê apenas um potencial limitado para distribuir dividendos adicionais além do valor recebido do Itaú – mas isso deve crescer à medida que as outras empresas reduzam seu endividamento”, comentam os analistas.

ESG

A Itaúsa segue um modelo ESG que possui três fatores centrais, sendo eles, as práticas ambientais, sociais e de governança, utilizado na mensuração da sustentabilidade e do impacto social dos investimentos da holding. A empresa possui uma Comissão de Sustentabilidade, que tem como função assessorar o direcionamento da gestão socioambiental e a identificação de oportunidades de impacto social positivo. A Itaúsa é a única holding brasileira que compõem a carteira Dow Jones Sustainability Index (DJSI), além de fazer parte de outros importantes índices relacionados a Sustentabilidade e Governança Corporativa, como ISE, ITAG e IGC na bolsa brasileira e também compõe o índice FTSE4Good na bolsa de Londres.

Acompanhe todas as recomendações da lista Best in Class, por aqui.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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