Após Ibovespa ter queda de 3,90% em janeiro, as carteiras mensais feitas pelos analistas das principais corretoras do país foram divulgadas com suas recomendações para fevereiro. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as 3 ações empresas estreantes nas Principais Ações, devido ao fato de as 3 mais recomendadas continuarem sendo Vale, B3 e Petrobras. Caso queira ler a tese das mesmas, clique aqui.

Confira as 3 ações entrantes nas Principais Ações

Lojas Renner (LREN3)

Os resultados de 2020 foram bastante impactados pela pandemia do coronavírus, com atuação ainda focada no varejo físico, principalmente em shoppings, a queda na receita foi significativo.

No entanto, a Lojas Renner aproveitou o período no qual teve de operar apenas com o canal digital, para acelerar suas estratégias de omnicanalidade, ampliando o número de lojas cadastradas no “ship from store”, realizando vendas por whatsapp e drive-thru. Este movimento já impactou bastante os números da companhia, que no 3T20 apresentou crescimento de 200% nas vendas digitais, com evolução do fluxo, número de clientes ativos e novos clientes.

Entre outros destaques do seu último resultado divulgado, os analistas destacam: (i) uma queda de 17% das vendas nas mesmas lojas, ainda impactado pelas lojas fechadas no início de agosto (31% do total), item que já deve apresentar recuperação no 4T20; (ii) EBITDA reduzindo 94,9%, com Margem de 0,8%, consequência da menor alavancagem operacional, reflexo dos volumes vendidos, e da menor Margem Bruta; e (iii) 33,3 milhões de cartões emitidos, que representaram 40,8% das vendas de mercadorias, 3,5 p.p. inferior ao mesmo período do ano anterior, explicada pelo comportamento do consumidor, mais suscetível, no contexto atual, ao pagamento à vista e, também, por questões operacionais, relativas ao fechamento das lojas e à maior restrição de crédito.

Por fim, os analistas destacam fato de a companhia se enquadrar nos parâmetros ESG, através de um forte trabalho interno de engajamento com causas sustentáveis, o que a permite ter grande impacto em suas ações. Quando se trata de fornecimento, a companhia busca sempre uma relação de parceria que supera a parceria comercial, por conta disso, estas são de longo prazo, tendo duração de, em média, 20 anos. Todos os fornecedores de revenda nacionais de confecção, acessórios e calçados são certificados pela ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Téxtil), que avalia a adesão às boas práticas corporativas de responsabilidade social e meio ambiente.

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Simpar (SIMH3)

A Simpar é uma Holding de infra-estrutura logística com participação nas empresas JSL Logística (73,6%), Movida (55,1%), Vamos (79%) e CS Brasil (100%). Portanto, a companhia fatura mais de R$ 10 bilhões por ano e tem um valor de mercado de R$ 6,3 bilhões. Além disso, no último trimestre (3T20), a companhia apresentou um sólido resultado com crescimento de receita de 6,1% A/A e EBITDA de 14,8% A/A.

O modelo de negócios demonstra a resiliência e diversificação de atividades e com perspectivas positivas com a retomada da economia nos setores atendidos pelas atividades de logística do grupo e o aumento dos serviços de locação de veículos e caminhões por terceiros. A companhia negocia a um desconto de 30% do NAV (Valor Líquido dos Ativos) e a um múltiplo de 6,1x EV/EBITDA 2021.

Para o crescimento no longo prazo, os analistas citam os seguintes drivers: (i) aquisições da Transmoreno (veículos), Ponto Express (armazém) e Fadel (alimentos e bebidas) no portfólio da JSL Logística, (ii) alta temporada do rent a car da Movida em dezembro; (iii) melhora da alavancagem financeira do Grupo com os fortes resultados operacionais; (iv) recuperação macro econômica e cenário de juros baixos no médio-longo prazo para o Brasil; e (v) O grupo é um dos players interessados na aquisição dos Correios.

Suzano (SUZB3)

Os analistas acreditam que as ações da Suzano devem continuar a ter um bom desempenho, dado o ambiente favorável de preços de commodities para os próximos meses. Dessa forma, esperam que os preços continuem subindo em 2021, uma vez que a demanda deve começar a melhorar ciclicamente (mercado resiliente de tissue (papel sanitário) + recuperação do setor de P&W – segmento de papel de Imprimir e Escrever), e nenhuma adição de capacidade relevante até o final do ano (projeto MAPA da Arauco estendido para o 4T21).

Os preços já subiram ~US$100/t desde as mínimas, atualmente em US$ 540/t (a média projetada é de US$ 625/t para 2021). Ademais, os especialistas ainda percebem os preços das ações da Suzano em uma reversão permanente dos preços da celulose para os custos marginais de produção (~US$ 520/t), o que parece exagerado.

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Portanto, acreditam que as ações da Suzano estão subvalorizadas (em uma base normalizada de DCF) e que os investidores estão descontando pouco os benefícios do negócio da Fibria/corte de custos. Embora a alavancagem esteja longe de confortável e possa levar anos para se normalizar, o caminho está claro e a situação administrável (ainda gerando FCF na baixa do ciclo).

Por fim, os analistas percebem o investimento na Suzano como uma das melhores teses ESG da América Latina, o que poderia ajudar o sentimento do investidor em relação à empresa.

Fontes: BTG Pactual, Guide Investimentos e Necton

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