Em seguida, Lula declarou posição contrária à autonomia do Banco Central, transformada em lei no fim de fevereiro, dizendo que é melhor a autarquia estar “na mão do governo do que do mercado”.
Se, por um lado, o ex-presidente acenava com a possibilidade de trégua, ao sustentar que o mercado teria de votar nele se quisesse ganhar dinheiro investindo em “coisas produtivas”, por outro também contrapunha que agentes financeiros deveriam ter medo dele se quisessem ver a entrega da soberania nacional com a venda do patrimônio do País.
Outro tema levantado por Lula foi a venda de ativos da Petrobras. Ele mandou recado a potenciais compradores do portfólio que o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, tem oferecido ao setor privado: “A gente pode mudar muita coisa”, alertou, sugerindo reversão da diretriz de desinvestimentos da companhia se o PT voltasse a governar o País.
“Espero que o mercado seja sempre contra mim e o povo seja sempre a favor”, declarou o ex-presidente, que reconquistou seus direitos políticos esta semana após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarar a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgá-lo nos casos da Lava Jato. “Gostaria que o medo do mercado tivesse fundamento. Vamos pegar os dados econômicos do meu governo”, disse também.
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