Conforme análise da Nord, ao contrário do que observaram no último trimestre, “a Ambev (ABEV3) apresentou crescimento em todos os seus segmentos. O destaque positivo ficou para a América Latina Sul (+6,9% a/a), América Central e Caribe (+4,7% a/a). A queda dos volumes nesses mercados foram compensados pela maior receita por hectolitro”.
Mesmo com a melhora de resultados em alguns países da América Latina, o ritmo de crescimento no Brasil é o que ditará os próximos resultados da Ambev, segundo a Nord. “A visibilidade de resultados é tímida, com um crescimento médio anual de 6% do lucro e de 8% do Ebitda até 2027. Assim, negociando a 11x lucros e 6x Ebitda 2027, preferimos ficar de fora de Ambev”, afirmam os analistas.
Destaques do 3T da Ambev (ABEV3)
Conforme Itaú BBA a divisão Cerveja Brasil apresentou uma dinâmica de receitas acima do esperado, com crescimento de volumes e preços menores do que as projeções do time do Itaú. “O foco da maioria dos investidores era o volume de Cerveja Brasil, assim, prevemos uma reação negativa ao crescimento de apenas 0,6% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita menor do que esperávamos decorre parcialmente dos volumes ligeiramente inferiores, efeito que possivelmente pode ser explicado pelo ganho de mercado da Petrópolis no período.”
Os analistas afirma que ABEV3 está sendo negociada a uma relação de 13,5 vezes preço/lucro ao fim de 2025, o que é mais barato do que a média histórica de 18 vezes. Para o Itaú, “isso está ligado a uma desvalorização nos múltiplos no mercado de ações brasileiro como um todo. Sobre a Ambev, a alocação de capital continua sendo um potencial gatilho e a concorrência parece persistir como um obstáculo, decorrente tanto de estratégias agressivas de preços da Petrópolis no segmento de baixo custo, quanto da forte posição da Heineken no nicho de maior valor agregado.”
Por outro lado, os analistas da Ágora comentam em relatório: “esperamos que isso continue assim até que uma história de recuperação de margem mais tangível na operação de cerveja brasileira esteja de volta, e isso deve continuar a ser desafiado por alguma pressão de custo retornando no próximo ano, bem como um cenário competitivo que está superando o que tem sido um ambiente de consumo bastante favorável.”
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