Segundo John Elkington, considerado o pai da sustentabilidade, o ESG sobreviverá apesar da forte pressão do momento. Sairá mais fortalecido superando a retração causada pelos impactos das tensões geopolíticas. Mas vai demorar. Segundo ele, levará de cinco a seis anos para se dissipar e voltar a estabilidade, e, até 15 anos para ser totalmente superado. Sua conclusão é que este período irá reconfigurar a agenda de sustentabilidade nas organizações.
Elkington que participou por vídeo conferência de um Fórum no Brasil esta semana, deu vários recados as lideranças empresariais e compartilhou sua visão de futuro para o ESG.
Segundo ele, apesar do momento de recessão por qual passa o ESG, não é caso para se entrar em pânico. E, com a acuidade dos grandes pensadores afirmou que “é muito provável que saiamos deste momento mais fortes do que estaríamos de outra forma”.
Em sua visão, apesar de retrocessos pontuais, a sociedade civil vai manter a pressão por mudanças na direção de um modelo de desenvolvimento sustentável, do qual as empresas são essenciais. Num mercado globalizado, não importa de onde venha a pressão, ela sempre chegará a empresa e com ela, os desafios e as oportunidades. Com base nessa linha de raciocínio, destacou a evolução do mercado de energias renováveis e veículos elétricos, citando a China como um país com visão estratégica para se antecipar a esta oportunidade, e, mesmo sem usar o termo sustentabilidade, caminhar nesta direção.
Elkington, um dos principais pensadores de sustentabilidade do mundo, com mais de 50 anos de experiência em governança corporativa deu vários recados aos líderes empresariais que vale a pena conhecermos. Alguns deles:
- A agenda de sustentabilidade continuará sendo central para a liderança empresarial, para a estratégia e para os modelos de negócio do futuro.
- As metas de emissão líquida zero estão sob forte pressão, mas a tendência após recuo, será de recuperação e estabilização.
- As empresas comprometidas devem adotar uma postura clara em favor da sustentabilidade e encontrar formas de serem ouvidas.
- As empresas são essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável, mas precisam ir além do desejo de ganhar prêmios ou liderar rankings e índices.
- Os conselhos de administração e executivos das grandes empresas devem compreender que sustentabilidade não é só sobre responsabilidade ou resiliência, embora também sejam. É sobre regeneração em seu sentido mais amplo.
Depois de ouvir John Ellington chegamos a conclusão que apesar dos obstáculos e desafios, a agenda ESG (com este ou outro nome) permanecerá indispensável para a perenidade das empresas e o futuro dos negócios.
Sobre o Triple Botton Line: O conceito do tripé da sustentabilidade que avalia os impactos sociais, ambientais e econômicos das organizações na sociedade surgiu nos anos 90, definido na literatura por John Elkington em seu livro “Cannibals with forks: The triple botton line of 21st Century Business (GRI, 2012; Elkington, 1997; Robinson, 2004). Desde então tem sido absorvido nos modelos de governança das empresas passando por transformações e aperfeiçoamentos naturais chegando ao ESG criado pela ONU na virada do milênio (2004) para expandir a agenda da sustentabilidade ao mercado de capitais
Sobre BISA Certifica:
Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br
