O IRB (IRBR3), que enfrentou uma crise de credibilidade após um escândalo financeiro em 2020, está novamente atraindo o interesse do mercado. Em relatório recente, o BTG Pactual reafirmou sua recomendação de compra para as ações da empresa, destacando um potencial de valorização de 20%. A previsão é que os papéis alcancem R$ 56,50 até o final de 2025, um salto em relação à cotação de R$ 48,09 registrada nesta quarta-feira (15), quando subiram 2,06%.
O que explica a possível volta de IRB (IRBR3)
Um dos principais fatores que impulsionam o otimismo é a taxa Selic, que deve permanecer em patamares elevados. Com ativos regulatórios de R$ 8,5 bilhões, dos quais 60% estão no Brasil, a empresa pode aproveitar a alta dos juros para turbinar suas receitas financeiras. Conforme os analistas, projeta-se uma geração de R$ 800 milhões em 2025 apenas com esses ativos, assumindo uma Selic média de 14,5%. Essa perspectiva coloca o IRB como um dos destaques para investidores que buscam oportunidades de crescimento.
No entanto, os passivos da companhia, que incluem R$ 500 milhões em debêntures indexadas ao IPCA, ainda representam um desafio. O CEO Marcos Falcão indicou planos para amortizar metade desse montante até o final do ano, o que reduziria o impacto das despesas financeiras. Essa estratégia é vista como essencial para consolidar a recuperação da empresa e aumentar sua capacidade de distribuir lucros.
O BTG prevê que o IRB registre um lucro líquido de R$ 350 milhões em 2024, seguido por R$ 500 milhões em 2025. Essa recuperação abre espaço para uma possível retomada no pagamento de dividendos, um atrativo adicional para os acionistas.
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