Conforme os analistas do BTG Pactual, apesar das preocupações com uma desaceleração nos EUA, a Gerdau (GGBR4) apresentou resultados 3T24 decentes na região, mesmo com preços menores (1% abaixo da previsão). Outro ponto positivo é que o fluxo de caixa para o acionista do trimestre ficou bem acima das expectativas, em R$ 1,2 bilhão (yield anualizado de 12,5%), com a alavancagem caindo ainda mais (agora em apenas 0,3x Div. Liquida/EBITDA). 

“A empresa informou que tem sido firme na execução da recompra (~40 milhões de ações; 2% do valor de mercado), que esperamos acelerar dada a posição subalavancada da empresa. A Gerdau continua sendo nossa principal escolha no setor de mineração & siderurgia e esperamos uma reação positiva a esses números”, diz o relatório do BTG.

Gerdau (GGBR4) superou claramente as expectativas

Os analistas também acreditam que a empresa superou claramente as expectativas em termos de rentabilidade no Brasil, com as margens Ebitda recuperando de níveis muito baixos de 8-10% para 17%. 

“A realidade é que a Gerdau já está trabalhando em uma série de medidas de redução de custos (que já estão apresentando resultados significativos) para restaurar os níveis de rentabilidade. Nos EUA, os resultados permanecem em um nível elevado (embora em normalização), com spreads de metal saudáveis e uma perspectiva resiliente para demanda”, comentam os analistas 

Os EUA  são agora responsáveis por uma parte significativa da geração de Ebitda, e a empresa continua sendo negociada como uma empresa “puramente brasileira” (os pares dos EUA negociam a 6-8x o Ebitda, enquanto a Gerdau negocia perto de 4x) – uma diferença de múltiplo injustificada. 

Eles veem, em resumo, o risco de queda de preços/piora de resultados muito limitado para as ações nos níveis atuais e esperamos uma continuidade do bom momento operacional. As ações estão sendo negociadas abaixo de 4x EBITDA 25, com yields de fluxo de caixa próximos de 9-10%. 

A XP Investimentos destaca os seguintes detalhes do 3T da Gerdau:

  • Um desempenho forte na divisão do Brasil, com margens de 16,9% (+8 p.p. T/T), refletindo volumes de vendas mais altos (+9% T/T), enquanto o CPV/t caiu 8% T/T; 
  • margens de EBITDA mais fracas na América do Norte (-4 p.p. T/T), afetadas por um menor volume de vendas (-1% T/T), preços mais baixos (-US$50/t T/T) e CPV/t estável T/T em USD; e
  • dividendos de R$0,30 por ação (dividend yield anualizado de 6,6%) a serem pagos em 16 de dezembro. “Reiteramos nossa recomendação de Compra para a Gerdau”.

Entretanto, todos os olhos permanecem voltados para as margens da América do Norte (em meio a preços mais baixos e custos pressionados), que se mostraram uma surpresa positiva nos resultados (com CPV/ton em USD estável). “Dito isso, reiteramos nossa visão positiva sobre a Gerdau, com a empresa sendo negociada a um nível de avaliação assimétrico (e descontado) de ~4x EV/Ebitda para 2025E.”

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